Bote Leão inscrito na Marinha do Tejo
O bote Leão está inscrito no Livro de Registos da Marinha do Tejo pela primeira vez no ano náutico de 2016/2017. A cerimónia de inscrição no referido Livro realizou-se a 18 de junho, no Dia da Marinha do Tejo, que se comemorou junto ao cais das colunas, no Terreiro do Paço, em Lisboa.
O presidente da Câmara Municipal de Alcochete e o arrais Domingos Rei assinaram o registo do Bote Leão no referido Livro que, no ano náutico de 2016/2017, contabiliza 75 embarcações típicas (33 catraios, 31 canoas, 5 faluas, dois botes-fragatas e 4 varinos). Em relação a Alcochete, renovaram a inscrição a canoa “Fernando V” do decano Mário Marques e os catraios “Albatroz II” de Mario Rosado e “Santo António” de Domingos Rei.
Para o presidente da direção da Marinha do Tejo, Contra-Almirante José Bastos Saldanha, um dos desafios da instituição é aumentar o número de embarcações inscritas, este ano com mais cinco embarcações do que no ano anterior, entre as quais o “Bote Leão”, que considerou ser “um paradigma do dinamismo presente na recuperação patrimonial (…) e elo identitário crucial na ligação longeva das gentes alcochetanas ao tejo”.
A certificação da autenticidade da quási-totalidade das embarcações tradicionais, o contributo para uma consciente cultura de cooperação no âmbito da segurança náutica, a repercussão com brevidade do Manifesto para a Libertação da Via da Água nos estuários de Portugal e em particular do tejo e a sua consciencialização por parte dos proprietários das embarcações típicas e um intenso calendário de eventos em 2016 foram os desafios a que a Marinha do Tejo se propôs neste ano náutico, segundo José Bastos Saldanha.
“A razão de ser da Marinha do Tejo são as embarcações típicas, com os seus proprietários e os arrais que conjuntamente com os camaradas e os moços as mantêm vivas e autênticas, gente simples, que quotidianamente assume os valores mais profundos do património do tejo com cor e alegria, sem esquecer todos quantos nele lutaram e labutaram, ontem e hoje, exemplo magnífico de fraternidade, de esperança e de partilha”, disse.
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