Câmara aprova plano de ordenamento de circulação e estacionamento
O Executivo Municipal aprovou, por maioria, com a abstenção do Vereador do CDS-PP, a implementação da 1ª fase do Plano de Ordenamento da Circulação e de Estacionamento do Núcleo Antigo da Vila de Alcochete.
Um dos objectivos fundamentais subjacentes à elaboração deste plano prende-se com a articulação das componentes de regeneração urbana, nas vertentes económica, social e cultural, física e ambiental, primordialmente, no que diz respeito à diminuição do impacto da circulação automóvel na Frente Ribeirinha e a consequente adopção de modos de circulação suaves.
A equipa da Transitec, responsável pela elaboração do estudo sobre a circulação automóvel em Alcochete, começou por fazer uma contagem de tráfego na Vila, para se perceber qual era a origem e o destino dos veículos e concluíram que relativamente ao Núcleo Antigo de Alcochete, 75% traduz-se em tráfego de atravessamento, ou seja, tráfego que não tem origem ou destino no Núcleo Antigo, simplesmente o atravessa.
Consequentemente, os residentes ou os cidadãos que frequentam o Núcleo Antigo estão sujeitos aos inconvenientes da passagem de tráfego automóvel que, na realidade, não tem qualquer utilidade para este Núcleo Antigo.
Com este Plano, pretende-se também assegurar uma acessibilidade multimodal, ou seja, que integre não só o acesso automóvel, mas também de bicicleta ou a pé, garantir circuitos de transporte público, promover situações de conforto e de segurança para os peões e ciclistas e organizar o estacionamento. Estes foram os objectivos que o Plano procurou cumprir.
O Presidente da Câmara sublinhou que a implementação deste Plano foi objecto de reflexão e ponderação e recordou que: “este foi um processo participado, realizámos reuniões com os comerciantes, que têm estabelecimentos comerciais no Centro Histórico de Alcochete, com a Protecção Civil, com a Guarda Nacional Republicana e com os Bombeiros Voluntários de Alcochete no sentido de obtermos pareceres relativamente às soluções preconizadas, e inclusivamente as sugestões que chegaram à Câmara foram consideradas na proposta em apreciação”.
“Esta proposta vai no sentido da aplicação de uma primeira parte do plano”, sublinhou Luís Miguel Franco que acrescentou: “Não se consegue atestar a bondade de um plano sem o experimentar e nesta sua primeira fase de implementação vai ser monitorizado e avaliado, para percebermos se os objectivos que lhe estão subjacentes, estão a ser obtidos”.
De acordo com a actualização do código da estrada foram também criadas as chamadas zonas 30, que correspondem a uma área em que as ruas terão os perfis mais clássico de passeios e faixa de rodagem, mas que ainda o limite de velocidade é de 30Km/h e as zonas 20, que são zonas de coexistência essencialmente destinadas a peões em que ainda assim os veículos automóveis podem circular.
O Presidente da Câmara recordou ainda o programa de acção para regeneração da frente ribeirinha de Alcochete, apresentado em 2009, integra um pilar de mobilidade sustentável designado de PEDAL – Plano de Ecomobilidade e Desenvolvimento Sustentável do Município de Alcochete.
Uma das acções deste plano está relacionada com a definição de ciclovias ou de redes cicláveis, com a aquisição e disponibilização de modos suaves de transporte e a promoção das acessibilidades e da mobilidade urbana.
O Autarca recordou a requalificação da Rua do Norte, do Largo da Misericórdia e do Passeio do Tejo, assim como outras acções foram realizadas nomeadamente, o acesso poente à Biblioteca, Rua João de Deus, Rua do Catalão, também a ecoeficiência do espaço público com a colocação de candeeiros com balastros electrónicos com luz branca no centro histórico de Alcochete, entre outras intervenções.
Clique aqui para aceder ao Plano de Ordenamento da Circulação e do Estacionamento do Núcleo Antigo da vila de Alcochete
As plantas 1 e 2 dizem respeito à solução de implementação da 1.ª fase do plano.
Planta 1
Planta 2