Figuras emblemáticas do Barrete Verde homenageadas no dia 9 de Agosto
Esta cerimónia vai decorrer na próxima segunda-feira, 9 de Agosto, Dia do Alcochetano, às 23h00, no palco instalado no Largo de São João, no centro da vila de Alcochete, precisamente no quarto dia das festas, em que se destacam da programação, às 10h30, a demonstração da Arte de Pegar Toiros nas ruas das largadas pelos dois grupos de forcados locais, às 13h00, o almoço convívio nas ruas e, às 21h30, o cortejo a cavalo nas ruas da vila.
Paulo Jorge Madeira Neves Garret nasceu em Alcochete no dia 1 de Junho de 1966 e desde muito jovem sentiu atracção pela arte de pegar toiros, estreando-se nesta lide na Praça de Toiros do Campo Pequeno em 1978, com a concordância do então cabo dos Forcados do Grupo do Aposento do Barrete Verde, António Penetra.
Participou em mais de uma centena de corridas de toiros e em 1987 enverga a jaqueta do Grupo de Forcados do Montijo e é eleito forcado do ano e ganha prémios, com destaque para o prémio alcançado na Praça de Toiros de Cascais na 1.ª Corrida do Clube de Jornalistas.
Em 1988 volta a trajar pelo Aposento do Barrete Verde, seguindo-se um período do qual tem imensas recordações, das quais a melhor é a amizade que une um grupo de forcados.
O salineiro Agostinho José Lóia é natural de Alcochete, onde nasceu a 19 de Abril de 1931. Proveniente de uma família de salineiros, Agostinho Lóia começou por trabalhar na marinha de Vaza-Sacos, para onde se deslocava a pé com um saco de comida às costas.
Aos 8 anos passava as férias nas salinas, com a função de aguadeiro. Depois, começou a rapar sal e aos quinze anos passou para o carrego das canastras. Em Julho de 1957 é preso por participar na Revolta do Sal em Alcochete e levado para o Aljube, onde permanece vários meses. Para Agostinho José Lóia, o trabalho na salina é uma escravidão e por isso não tem saudades dessa vida.
O campino Joaquim Barbosa Vinagre nasceu a 5 de Março de 1943 na Herdade das Ferrarias, em Coruche, numa família numerosa e é graças ao seu tio materno, Jacinto Amaro, que ganha o gosto pelos cavalos.
Começou a montar aos 15 anos graças ao contacto com Mário da Veiga Malta, mas é na Herdade de António José Veiga Teixeira que conhece aquele que considera ter sido o seu primeiro mestre campino: António José Gordo.
A partir de 1974, Joaquim Barbosa Vinagre fica definitivamente ligado à campinagem e lembra os numerosos companheiros com os quais trabalhou, nomeadamente na Herdade de Oliveira e Irmãos. Trabalha desde há seis anos na Casa José Dias. Joaquim Vinagre tem orgulho em ser campino e ter na principal Praça de Toiros do país um jogo de cabrestos preparado por si.