Vivências de antigamente contadas no feminino
Em redor de uma mesa, onde não faltaram bolinhos típicos de Alcochete e moscatel, sentaram-se velhas amigas, todas filhas da mesma terra, que numa animada conversa de final de tarde, partilharam tradições, hábitos, costumes e experiências de diferentes gerações.
As suas recordações de infância e de juventude juntaram-se, como se de um puzzle se tratasse, e completaram-se numa memória comum que remonta a tempos passados marcados por bailes no Desportivo ou por chás dançantes no Clube, ou ainda por bailes de cariz mais popular, por altura do São João, no Largo Gago Coutinho.
Para o Vereador da Cultura este é um tema muito interessante, que faz todo o sentido abordar numa altura em que se comemora o Dia Internacional da Mulher e apelou à participação das mulheres presentes: “É importante saber como era a vida das mulheres há alguns anos atrás, das vossas mães e avós, que memórias guardam desse tempo, o papel da mulher em família, na educação dos filhos e o seu papel no trabalho”.
“Vamos conversar a partir das memórias que guardam para que possamos perceber o quão diferente é o mundo hoje, os valores vigentes, o pensamento, e o entendimento da realidade”, sublinhou Paulo Machado.
O casamento, os preparativos e costumes a ele associados, o namoro, as relações entre rapazes e raparigas também estiveram na base de alguns episódios contados na primeira pessoa.
A palestra esteve também integrada no plano de memórias do Concelho, que a Câmara Municipal está a desenvolver, traduzindo-se em mais uma ferramenta que irá permitir retirar informações sobre as vivências femininas mais antigas.