Sociedade Imparcial de Alcochete organiza concerto de música coral
O concerto constituiu uma das muitas iniciativas que integram a programação da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898, que desta forma se junta ao Poder Local nas comemorações da autonomia do Concelho.
Sob direcção do maestro José Balegas, o Grupo Coral do Montijo deu início à sua actuação com um sentido “Parabéns a Você” que emocionou a plateia, que encheu por completo o Núcleo Museológico de Alcochete.
Seguiram-se temas clássico tais como “Signore del cime” de Giuseppe di Mai, “Qui presseo a te”, de W. A. Moza e “Marcha do Fungagá” e “As Princesas da Cidade”, com arranjo musical de José Balegas, entre outros.
Com quase dois anos de existência, o Grupo Coral do Montijo dá voz a 40 elementos, que nas suas actuações apresentam um repertório variado, do clássico ao contemporâneo, com particular incidência na música popular portuguesa, destacando-se ainda a participação em diferentes iniciativa e encontros de coros.
Com direcção artística de António Rei Menino, o Orfeão apresentou-se uma vez mais junto do seu público, com uma actuação que incidiu maioritariamente em obras de Fernando Lopes Graça, nomeadamente “O milho da nossa terra”, “Ladrão do negro melro”, “Fui-te ver, ‘Stavas lavando”, e a canção heróica “Acordai”. Carla Esperança foi a pianista convidada para actuar com o Orfeão.
O Orfeão da Sociedade Imparcial ressurgiu em 1997 e desde então tem participado em diferentes encontros e festivais de coros, dando enfoque nas suas actuações a um repertório de música tradicional portuguesa.
Na assistência encontravam-se diversas personalidades do Concelho, nomeadamente, o Presidente da Assembleia Municipal, o Presidente da Junta de Freguesia de Alcochete, a Presidente da Assembleia de Freguesia de Alcochete, o Presidente da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete e outros membros da Direcção, e a Presidente do Agrupamento Vertical de Escolas.
“Uma iniciativa brilhante, de alta valia artística, cultural e cívica”, foi com estas palavras que Miguel Boieiro, presidente da Assembleia Municipal, caracterizou a iniciativa. O autarca recordou ainda alguns aspectos da restauração do actual Núcleo de Arte Sacra, na década de 90, que compreendeu diferentes aspectos de ordem técnica, designadamente no que concerne aos materiais de construção utilizados, que não poderiam intervir com a acústica magistralmente criada, no séc. XVI, pelos arquitectos da época, e à manutenção do magnifico retábulo e pinturas, que exibem uma óptima preservação.
O Presidente da Junta de Freguesia de Alcochete endereçou os parabéns à colectividade, sublinhando o desempenho dos seus directores no desenvolvimento e manutenção de actividades culturais, num momento em que se fala tanto de crise.
Alfredo Canário, presidente da Direcção da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898, destacou, na sua intervenção, os princípios do compromisso voluntário de preparação e de criatividade em prol da comunidade, que pressupõem um esforço acrescido, e muitas vezes em detrimento da vida pessoal dos elementos que compõem o orfeão e o grupo coral do Montijo.
“Estamos a viver um dos momentos relacionados com as comemorações do aniversário da Sociedade Imparcial de Alcochete e nada melhor do que partilhá-lo com a harmonia dos cantos destes dois grupos corais, e quando o público nos apoia e nos incentiva com os seus aplausos, numa manifestação de genuína satisfação, isso significa que foi realizada uma tarefa de inestimável valor”, acrescentou Alfredo Canário.
O Presidente da Direcção da Sociedade destacou ainda a dedicação de Francisco Pimentel ao Orfeão, depois da sua reactivação em 1997, que conferiu ainda mais dinâmica à colectividade.
No final do concerto, os presidentes das direcções das duas colectividades trocaram lembranças e manifestaram interesse em colaborar em iniciativas futuras.