“Mulheres” em exposição na Biblioteca de Alcochete
“As Mulheres” do Mundo para Alcochete! É assim que o fotógrafo define a mostra que inclui registos das suas andanças por diferentes países, imagens de mães, filhas, esposas companheiras, e mulheres que no seu labor carregam um grande fardo e não perdem a capacidade de amar.
O vereador da Cultura enfatizou que esta é uma data importante, ainda mais que para o ano se assinala o 100.º aniversário em que se decidiu comemorar o 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher.
“Esta é uma altura em que se marca a necessidade de voltarmos a olhar, e em Portugal de uma forma particular, para o papel das mulheres na sociedade, em casa, na família, no trabalho, e nesse sentido há que assinalar esta data com um olhar transversal sobre o papel das mulheres no mundo”, sublinhou Paulo Machado.
Para o vereador da cultura esta exposição é muito significativa, muito tocante, porque permite de forma muito pragmática perceber ao longo das fotografias, como a condição da mulher é distinta no planeta, como ela precisa de ser cuidada, apoiada, acarinhada, porque que de facto existem tantas mulheres neste planeta sem o direito mais elementar à sua dignidade.
O universo feminino assume nos trabalhos fotográficos de Alexandre Costa uma importância que ele próprio traduz como estando na raiz da sua própria formação enquanto homem e ser humano, na medida em que é das mulheres que o fotógrafo recebe e tem recebido ajuda para escrever a sua própria história.
“Há aqui muitas mulheres que têm privado comigo, em bocadinhos da minha vivência, e elas têm-me ajudado a escrever algumas páginas da minha história. Deram-me elementos para que eu possa escrever”, enfatiza o fotógrafo.
“Para elas e para todas vós, (apresento) estas imagens que são a forma como o mundo olha para mim, no fundo sou eu próprio que estou a ser fotografado por meio destas imagens. É a minha forma de estar na vida e de estar com todas vós”, acrescentou Alexandre Costa.
Patente ao público até 28 de Março, esta é uma exposição a não perder na Biblioteca de Alcochete que reflecte o olhar do autor sobre a identidade feminina no mundo, e/ou de acordo com o autor, a forma como o mundo olha para ele.