Marionetas “contam o fado” no Fórum Cultural
Todos já sabemos que fado é sinónimo de alma portuguesa, mas afinal como é que surgiu o fado? Qual a sua história? Neste espectáculo muito típico, um conjunto de artistas do Movimento de Animação Cultural e Artes para a Infância (MACAPI) contaram de uma forma envolvente e divertida a história do fado, desde a época de Maria Severa, a primeira cantadeira de fado de que se tem conhecimento, até aos fadistas da actualidade.
A acção desenrola-se na “Tasca do Júlio”, um espaço onde predomina um ambiente típico de uma casa de fado e se reúnem um conjunto de personagens típicas e bairristas que “carregam” com o seu destino e se refugiam na melancolia, na tristeza e na saudade do fado.
De uma forma satírica, as personagens vão entrando e saindo da “Tasca do Júlio” e, de uma forma espirituosa, entre muitos fados e guitarradas, as personagens vão desfilando e delineando a história do fado.
Júlio Florindo (tem alma de comerciante e coração de fadista), Rabeca (fadista típica lisboeta), Madalena (poetisa apaixonada pelo fado), Xico (namorado de Madalena), Zé (conhece tudo sobre o fado), Manel Repolho (poeta sedutor que gosta de beber uns copinhos) e outras personagens deram vida a um conjunto de marionetas.
Sobre a utilização de marionetas, as artistas Isabel Silva e Joana Cruz referiram que “as marionetas parecem que nos limitam mas, ao mesmo tempo, conseguem transpor outras ideias e outros tipos de movimentos que não deixam de ser menos reais só por serem bonecos”.
“Basta haver imaginação e vontade” referem as artistas no que diz respeito ao trabalhar com marionetas, algo que para ambas é “muito versátil e pode ser feito de mil e uma maneiras”.
O espectáculo “Silêncio que se Vai Contar o Fado” foi uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal no âmbito dos programas “Fado (Re)Visitado” e “…E Porque Hoje é o Último Domingo do Mês”.
Entrevista com Joana Cruz e Isabel Silva