Feira d’Alcochete exalta tradições locais
Ontem, ao final da arte, munícipes e representantes da Comissão Organizadora reuniram-se em frente à Praça de Toiros para o hastear das bandeiras, um momento oficial que marcou a esperada abertura da Feira.
“É com muita honra que a Associação Equestre está envolvida nesta Feira que será de viragem e esperamos que seja também um marco de partida para eventos futuros”, referiu João Neto, Presidente da Associação Equestre de Alcochete
Para o Presidente da Câmara Municipal, a Feira d’Alcochete reveste-se de um enorme significado para o Município de Alcochete, na medida em que exalta símbolos como o cavalo, o forcado e o fado, que são transversais às características do Município, quer enquanto território, quer enquanto comunidade.
Durante o seu discurso, Luís Miguel Franco destacou a importância de preservar os valores que caracterizam a identidade e a cultura locais numa altura em que estão previstos novos desafios.
“Nesta conjuntura, em que se anunciam para a Região de Setúbal investimentos de enorme importância que vão ter reflexos directos no Município de Alcochete é importante afirmar os valores do Município e eles estão aqui bem representados”, frisou.
O Novo Aeroporto de Lisboa, a Plataforma Logística do Poceirão, a Ferrovia de Alta de Velocidade e a Nova Travessia sobre o Tejo no corredor Barreiro / Chelas foram alguns dos exemplos citados por Luís Miguel Franco.
Antes de realizar a visita oficial, o Presidente da Câmara Municipal agradeceu o esforço e dedicação de todas as entidades que integram a Comissão Organizadora, com destaque para a Associação Equestre: “não posso deixar de realçar o papel de todas as entidades que integram a Comissão Organizadora e, deixem-me somente referir, o papel da Associação Equestre enquanto dinamizadora, desde sempre, da Feira do Cavalo e enquanto parte integrante, e absolutamente decisiva, da realização desta Feira d’Alcochete”.
Sobre a Feira d’Alcochete, o autarca acrescentou ainda que: “estamos perante o ano zero de um novo paradigma, um novo modelo da Feira e a Câmara Municipal continuará no futuro empenhada na promoção dos nossos valores que também se identificam e têm a ver com a Feira d’Alcochete”.
A cerimónia de abertura prosseguiu com a visita oficial aos pavilhões institucionais, à praça da restauração e à zona comercial. Num ambiente rústico, cinquenta e três entidades associadas à arte equestre e tauromaquia convidam o público a visitar as suas casetas e a conhecerem a sua história através de fotografias e objectos que decoram os pavilhões e recriam todo o ambiente típico de uma coudelaria, de uma casa de fados ou de uma sede de um grupo de forcados.
Durante a visita oficial, o Clube Taurino de Alcochete surpreendeu a Comissão e os visitantes com uma actuação de danças sevilhanas que contagiou os presentes com a sua vivacidade e graciosidade.
Os quatro primeiros sócios da Associação Equestre também foram surpreendidos com uma homenagem simbólica no pavilhão da Associação Equestre de Alcochete. João Neto solicitou a presença de Manuel Pires de Lima (sócio n.º1), Delfino Balegas (sócio n.º 2), Fernando Eusébio (sócio n.º 3) e Norton Baldroegas (sócio n.º 4) para a entrega simbólica de uma lembrança, bem como Samuel Lupi, sócio n.º12, pela sua participação na fundação da Associação.
Depois de visitados os stands, a “Feira d’Alcochete… do Cavalo, do Fado e do Forcado” prosseguiu com a abertura da manga e, à noite, com um concerto pela Banda da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 e com a prova da vaca.