Espírito rock n’roll dominou no concerto dos “Mão Morta”
“É como voltar ao aquário, ao charco de partida”, referiu Adolfo Luxúria Canibal sobre esta digressão.
“Serve um bocado para limpar, para esquecer o “Maldoror”. Foram quatro anos de dedicação, entre preparação, montagem e rodagem de um espectáculo muito pesado que exigiu muito dos intervenientes”, acrescentou.
Fiéis a si mesmos, os “Mão Morta” estão na estrada para partilhar o seu património musical junto dos seus seguidores. “Budapeste”, “Amesterdão”, “Lisboa”, Anarquista Duval”, “E se Depois”, “Em Directo (Para a Televisão)” e “Cão da Morte” foram temas “revisitados” neste concerto contagiante que reavivou os vinte cinco anos de percurso musical da banda bracarense.
“Estávamos a precisar de liberdade, do espírito rock, mais cru, de nos relacionarmos com o público, enfim, de tudo o que faz parte de um espectáculo e do espírito rock n’roll”, disse Adolfo Luxúria Canibal.
E a verdade, é que essa vontade e toda a garra dos “Mão Morta” foi demonstrada em palco num espectáculo com cerca de duas horas de puro rock n’roll, cuja originalidade deve-se muito à energia incontornável do seu vocalista.
Quanto a projectos futuros, a banda não esconde a vontade de produzir um novo álbum ainda este ano: “Já temos algumas ideias e, por isso, queremos iniciar com o trabalho de composição para depois fazer um novo disco de originais de estúdio”.
A celebrar 25 anos de existência, os “Mão Morta” são uma banda que continua imbuída do mesmo espírito aquando da sua formação nos anos 80.
Depois de muitos álbuns lançados e prémios adquiridos, Adolfo Luxúria Canibal sublinha que os Mão Morta actualmente são aquilo que sempre foram: “simplesmente uma banda de rock”.
Ouça aqui um excerto do concerto