Crianças da Fundação passam tarde bem divertida na Fonte da Senhora
Bem conhecida na área do folclore, a localidade da Fonte da Senhora tem desde há largos anos uma elevada presença no folclore regional e nacional graças à actividade e dinamismo do seu Rancho Folclórico de Danças e Cantares, que conta com o dedicado contributo de Otília D´Avó, dirigente da colectividade e do rancho e também responsável pela realização do ateliê “Vamos Dançar”.
Num balanço da actividade “Vamos Dançar”, Otília d´Avó considera que há crianças que não esqueceram a experiência vivida há dois anos, altura em que começou a dinamizar a actividade para o Pré-Escolar e o 1.º Ciclo a pedido do Museu Municipal de Alcochete, e que agora regressam de novo à Fonte da Senhora para uma nova sessão e pedem para repetir algumas actividades que já conhecem.
Para Otília D´Avó, este projecto “é uma actividade muito gira”, que realiza “por amor à camisola”, que conta com o apoio da Câmara Municipal em benefício da colectividade e que realiza na esperança de que “alguma criança se sinta motivada para integrar a escola de folclore infantil” do rancho folclórico, actualmente com falta de novos elementos, sobretudo do sexo masculino.
No ateliê “Vamos Dançar”, as crianças, educadores e auxiliares aprendem o vocabulário do folclore que, segundo Otília d´Avó, “tem muito para ensinar” e assim também se contraria a tendência de “muitas pessoas, principalmente os políticos, utilizarem a palavra “folclore” em sentido depreciativo”, opina.
“As crianças também aprendem como eram antigamente as brincadeiras, com bolas feitas de meias, o arco e os brinquedos em madeira construídos de forma artesanal”, explica.
Esta actividade tem, contudo, uma componente essencialmente lúdica em que as crianças e os adultos são convidados para um pé de dança. “Ensino umas modinhas de roda, muito simples, próprias para as crianças. Não vou ensinar o vira, não vou ensinar a dançar um bailarico, mas sim modinhas que se dançavam há 70 e 80 anos no adro da igreja, na rua, onde calhava, e alguns jogos também tradicionais como é o caso do jogo do remoinho”, explica Otília d´Avó, para quem esta actividade é “muito compensadora”.
“Gosto dos miúdos mais crescidos porque sabem interpretar melhor as coisas, mas estas idades, dos 3 aos 5 anos, também é muito compensador porque eles são muito ingénuos e ficam incrédulos ao verem certas coisas que eles desconhecem pura e simplesmente”, conclui.