Cooperação entre Autarquia e Escolas
08 Abr 2008
Ciclo de visitas reforça política educativa
A Câmara Municipal de Alcochete iniciou, em Abril, um ciclo de visitas aos estabelecimentos do Pré-Escolar e do 1º, 2º e 3ºCiclos do Ensino Básico do Município, iniciativa que se dirige, na primeira fase, aos professores e educadores, mas que será extensiva aos funcionários, aos auxiliares de educação e às associações de pais.
“Queremos perceber o sentimento e a forma como reagem os professores à transferência de competências do Estado para as Autarquias em matéria de educação, saber a sua opinião em relação aos serviços prestados pela Câmara Municipal nas áreas da animação cultural, do serviço educativo do Museu, da Biblioteca Municipal, do Pólo de Animação Ambiental e também na área desportiva, no sentido de programarmos antecipadamente o desenvolvimento do ano lectivo. Por último, procuramos estabelecer com os professores uma parceria ou um compromisso de trabalho em que educadores e professores se constituem como promotores culturais, visando o desenvolvimento cultural da nossa população”, explicou Paulo Machado, Vereador do Pelouro da Educação e da Cultura do Município de Alcochete.
“Trata-se de preparar futuros “consumidores de cultura”, no sentido de alguém que inscreve na sua agenda diária, semanal ou mensal a cultura, o desporto como actividades que contribuem para o seu bem-estar”, referiu o autarca. “A reacção das pessoas tem sido muito positiva e quero agradecer a sua disponibilidade para este exercício de cidadania a que as desafiámos”, acrescentou.
Num balanço da actividade desenvolvida na área da Educação, o Vereador do Pelouro salientou o reforço das parcerias entre a Câmara Municipal de Alcochete e a comunidade educativa, no sentido de “uma melhoria da qualidade do serviço, das aprendizagens, dos recursos e dos meios disponibilizados aos alunos”.
“Nestes dois últimos anos, a Câmara Municipal conseguiu cobrir a totalidade dos estabelecimentos escolares em termos de fornecimento de refeições, o que é muito significativo do investimento, não diria de grande montante, mas muito importante para aquilo que são as necessidades de uma parte significativa das nossas famílias”, referiu Paulo Machado.
“A curto prazo, teremos a construção de mais três salas de aula na Escola da Restauração, cujo concurso deverá estar concluído. Acabámos de proceder à colocação de toldos em todos os estabelecimentos do Pré-Escolar e 1.º Ciclo e à recuperação do piso do recreio do Jardim-de-Infância de Samouco. Temos em curso as obras na cantina escolar da Escola de São Francisco e esperamos estar em condições de lançar o concurso para a futura construção de um novo centro escolar, na Quebrada ou em São Francisco”, salientou o responsável pela Educação.
Segundo o autarca, a elaboração e conclusão da Carta Educativa em 2007 permitiu identificar quais os investimentos a realizar na área da Educação: “a Carta Educativa identificou as principais intervenções a serem feitas, no âmbito da qual vamos candidatar ao QREN os projectos que temos elaborados e que visam, sobretudo, a construção do Centro Escolar de São Francisco, como um grande investimento que inclui pré-escolar e 1.º ciclo, e também uma nova escola de pré-escolar e 1.º ciclo, que terá uma componente de berçário/creche, na zona da Quebrada. Depois há todo um conjunto de ampliações do actual parque escolar, cujo investimento rondará na totalidade 14 milhões de euros, valor que está muito distante da capacidade de investimento da Autarquia, a curto e médio prazo”.
A cooperação e o reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal e pelos estabelecimentos de ensino são os aspectos mais importantes a destacar, numa fase em que se assiste a uma enorme pressão ao nível da utilização dos equipamentos escolares e ao nível das capacidades de resposta, como consequências da implementação das actividades de enriquecimento curricular.
“Há sobretudo a ideia de que temos de trabalhar e planear em conjunto, no sentido de pormos à disposição das escolas recursos e meios que em muito contribuirão para a melhoria da educação no nosso Município”, afirma o Vereador da Educação.
Para o autarca, “a educação está numa fase de grande indefinição, nomeadamente se pensarmos nas propostas da tutela quanto à transferência de competências em matéria educativa para as Autarquias. “Do ponto de vista das populações, das famílias e dos professores, a transferência de competências é bem-vinda, o que é um sinal claro da confiança das populações no bom trabalho das autarquias. Mas, do ponto de vista constitucional e global da política educativa, a Câmara Municipal de Alcochete considera que, tal como se propõe, estas transferências são efectivamente inaceitáveis porque constituem uma fonte de assimetria evidente em relação às capacidades de intervenção das autarquias. A educação é universal, obrigatória e gratuita e é um dever constitucional garantir a todos, independentemente do município onde vivem, níveis semelhantes de acesso e frequência do ensino”.
De acordo com Paulo Machado, a conclusão ainda este ano do Plano Estratégico para a Educação, “um documento de planeamento e de referência que orienta o trabalho de todos os que, no Município, têm responsabilidades na educação e na formação”, é uma prioridade para a Autarquia.
“Este Plano Estratégico será um instrumento importante para as pessoas com responsabilidades em matéria de educação e de formação, no sentido de trabalhar para fins consentâneos ou harmonizados ao nível dos seus objectivos, visando o desenvolvimento de competências gerais e específicas da sua população, facilitando a sua inserção no mercado de emprego, a adequação da aprendizagem às necessidades das empresas e a progressão nos estudos”, salienta.
Para o próximo ano, o investimento cultural na preservação das memórias colectivas, que constituirá um eixo aglutinador das manifestações culturais e educativas no Município, será uma área de intervenção a destacar com a recriação etnográfica de aspectos marcantes da vida da comunidade local, entre outros projectos.
O projecto das memórias colectivas envolverá toda a comunidade, desde a Câmara Municipal, às colectividades e às instituições do concelho e ainda as pessoas mais antigas do nosso Município.
“Numa altura em que se fala da perda da identidade e em que queremos falar de outros desafios como a Agenda Local 21, em que as questões do desenvolvimento sustentável articulam com as questões da história local, do ambiente e da qualidade de vida, falar das memórias é marcar o tempo, o aqui e agora, o que para nós é muito importante porque é uma das formas mais interessantes para evitarmos a aculturação e a descaracterização”, salientou o Vereador da Educação.
“Este trabalho das memórias é para nós muito significativo. Por um lado, permite um trabalho inter-geracional, por outro lado, no Ano Europeu do Diálogo Intercultural, permite também falar de uma natureza intra étnica, isto é, como éramos, como somos, como podemos ser e parece-me que é uma iniciativa que vai tocar fundo nos nossos munícipes e ajudar aqueles que vêm para cá morar a perceber o que é próprio e genuíno desta comunidade e como se podem aproximar cada vez mais dela para a integrar na sua própria vivência pessoal”, concluiu.
“Queremos perceber o sentimento e a forma como reagem os professores à transferência de competências do Estado para as Autarquias em matéria de educação, saber a sua opinião em relação aos serviços prestados pela Câmara Municipal nas áreas da animação cultural, do serviço educativo do Museu, da Biblioteca Municipal, do Pólo de Animação Ambiental e também na área desportiva, no sentido de programarmos antecipadamente o desenvolvimento do ano lectivo. Por último, procuramos estabelecer com os professores uma parceria ou um compromisso de trabalho em que educadores e professores se constituem como promotores culturais, visando o desenvolvimento cultural da nossa população”, explicou Paulo Machado, Vereador do Pelouro da Educação e da Cultura do Município de Alcochete.
“Trata-se de preparar futuros “consumidores de cultura”, no sentido de alguém que inscreve na sua agenda diária, semanal ou mensal a cultura, o desporto como actividades que contribuem para o seu bem-estar”, referiu o autarca. “A reacção das pessoas tem sido muito positiva e quero agradecer a sua disponibilidade para este exercício de cidadania a que as desafiámos”, acrescentou.
Num balanço da actividade desenvolvida na área da Educação, o Vereador do Pelouro salientou o reforço das parcerias entre a Câmara Municipal de Alcochete e a comunidade educativa, no sentido de “uma melhoria da qualidade do serviço, das aprendizagens, dos recursos e dos meios disponibilizados aos alunos”.
“Nestes dois últimos anos, a Câmara Municipal conseguiu cobrir a totalidade dos estabelecimentos escolares em termos de fornecimento de refeições, o que é muito significativo do investimento, não diria de grande montante, mas muito importante para aquilo que são as necessidades de uma parte significativa das nossas famílias”, referiu Paulo Machado.
“A curto prazo, teremos a construção de mais três salas de aula na Escola da Restauração, cujo concurso deverá estar concluído. Acabámos de proceder à colocação de toldos em todos os estabelecimentos do Pré-Escolar e 1.º Ciclo e à recuperação do piso do recreio do Jardim-de-Infância de Samouco. Temos em curso as obras na cantina escolar da Escola de São Francisco e esperamos estar em condições de lançar o concurso para a futura construção de um novo centro escolar, na Quebrada ou em São Francisco”, salientou o responsável pela Educação.
Segundo o autarca, a elaboração e conclusão da Carta Educativa em 2007 permitiu identificar quais os investimentos a realizar na área da Educação: “a Carta Educativa identificou as principais intervenções a serem feitas, no âmbito da qual vamos candidatar ao QREN os projectos que temos elaborados e que visam, sobretudo, a construção do Centro Escolar de São Francisco, como um grande investimento que inclui pré-escolar e 1.º ciclo, e também uma nova escola de pré-escolar e 1.º ciclo, que terá uma componente de berçário/creche, na zona da Quebrada. Depois há todo um conjunto de ampliações do actual parque escolar, cujo investimento rondará na totalidade 14 milhões de euros, valor que está muito distante da capacidade de investimento da Autarquia, a curto e médio prazo”.
A cooperação e o reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal e pelos estabelecimentos de ensino são os aspectos mais importantes a destacar, numa fase em que se assiste a uma enorme pressão ao nível da utilização dos equipamentos escolares e ao nível das capacidades de resposta, como consequências da implementação das actividades de enriquecimento curricular.
“Há sobretudo a ideia de que temos de trabalhar e planear em conjunto, no sentido de pormos à disposição das escolas recursos e meios que em muito contribuirão para a melhoria da educação no nosso Município”, afirma o Vereador da Educação.
Para o autarca, “a educação está numa fase de grande indefinição, nomeadamente se pensarmos nas propostas da tutela quanto à transferência de competências em matéria educativa para as Autarquias. “Do ponto de vista das populações, das famílias e dos professores, a transferência de competências é bem-vinda, o que é um sinal claro da confiança das populações no bom trabalho das autarquias. Mas, do ponto de vista constitucional e global da política educativa, a Câmara Municipal de Alcochete considera que, tal como se propõe, estas transferências são efectivamente inaceitáveis porque constituem uma fonte de assimetria evidente em relação às capacidades de intervenção das autarquias. A educação é universal, obrigatória e gratuita e é um dever constitucional garantir a todos, independentemente do município onde vivem, níveis semelhantes de acesso e frequência do ensino”.
De acordo com Paulo Machado, a conclusão ainda este ano do Plano Estratégico para a Educação, “um documento de planeamento e de referência que orienta o trabalho de todos os que, no Município, têm responsabilidades na educação e na formação”, é uma prioridade para a Autarquia.
“Este Plano Estratégico será um instrumento importante para as pessoas com responsabilidades em matéria de educação e de formação, no sentido de trabalhar para fins consentâneos ou harmonizados ao nível dos seus objectivos, visando o desenvolvimento de competências gerais e específicas da sua população, facilitando a sua inserção no mercado de emprego, a adequação da aprendizagem às necessidades das empresas e a progressão nos estudos”, salienta.
Para o próximo ano, o investimento cultural na preservação das memórias colectivas, que constituirá um eixo aglutinador das manifestações culturais e educativas no Município, será uma área de intervenção a destacar com a recriação etnográfica de aspectos marcantes da vida da comunidade local, entre outros projectos.
O projecto das memórias colectivas envolverá toda a comunidade, desde a Câmara Municipal, às colectividades e às instituições do concelho e ainda as pessoas mais antigas do nosso Município.
“Numa altura em que se fala da perda da identidade e em que queremos falar de outros desafios como a Agenda Local 21, em que as questões do desenvolvimento sustentável articulam com as questões da história local, do ambiente e da qualidade de vida, falar das memórias é marcar o tempo, o aqui e agora, o que para nós é muito importante porque é uma das formas mais interessantes para evitarmos a aculturação e a descaracterização”, salientou o Vereador da Educação.
“Este trabalho das memórias é para nós muito significativo. Por um lado, permite um trabalho inter-geracional, por outro lado, no Ano Europeu do Diálogo Intercultural, permite também falar de uma natureza intra étnica, isto é, como éramos, como somos, como podemos ser e parece-me que é uma iniciativa que vai tocar fundo nos nossos munícipes e ajudar aqueles que vêm para cá morar a perceber o que é próprio e genuíno desta comunidade e como se podem aproximar cada vez mais dela para a integrar na sua própria vivência pessoal”, concluiu.