Alcochete inaugura Festas do Barrete Verde e das Salinas
O Presidente da Câmara Municipal e o Presidente do Aposento do Barrete Verde, agremiação regionalista que organiza as festas, acompanhados por numerosos autarcas, dirigentes associativos, representantes locais das forças de segurança, empresários e munícipes marcaram presença nesta inauguração que teve início com a recepção das entidades oficiais e convidados na sede do Aposento do Barrete Verde.
O Presidente do Município homenageou o Aposento do Barrete Verde com a oferta de um painel de azulejos pintados à mão com o símbolo do barrete de forcado, oferta que “simboliza, em primeiro lugar, o reconhecimento da Câmara Municipal, por todo o esforço dispendido na organização e na realização desta edição das Festas por parte da direcção do Aposento e, em segundo lugar, o desejo de que esta edição das festas se revista do maior sucesso, sucesso que também contribui para o engrandecimento do nosso concelho, do nosso território e das nossas gentes”.
Luís Miguel Franco endereçou a mensagem de que os alcochetanos “sintam e vibram mais um ano com estas Festas que a todos orgulham, mas que as sintam e vivam de forma moderada e responsável”, numa referência às precauções que todos devem tomar para evitar acidentes como os que se têm verificado em anos anteriores durante a realização das largadas de toiros nas ruas.
Após a abertura das Festas, as entidades oficiais procederam à inauguração da Mostra de Estudos e Projectos na Galeria Municipal, da exposição de pintura e escultura Alcarte 2008, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, e da exposição de trabalhos em Arraiolos e Costura, no edifício da Junta de Freguesia de Alcochete.
Um dos momentos mais significativos teve ainda lugar no Núcleo de Arte Sacra do Museu Municipal, com o lançamento de uma nova edição de postais sobre a salicultura em Alcochete, cerimónia que se realizou na nave da Igreja da Misericórdia, onde está patente ao público até 31 de Agosto a exposição de pintura de Isabel Nunes “A Geração de 500”.
Na presença de Isabel Nunes, o Presidente da Câmara Municipal agradeceu o contributo da artista para a realização da referida exposição e elogiou o trabalho desenvolvido por Miguel Boieiro, actual presidente da Assembleia Municipal de Alcochete, nos sucessivos mandatos que incluíram a criação do Museu Municipal e a recuperação da Igreja da Misericórdia para Núcleo de Arte Sacra. Luís Miguel Franco felicitou ainda os trabalhadores do Museu Municipal “por toda a dedicação e empenho que abraçam em cada projecto”, de que é exemplo a edição de mais uma colecção de postais sobre a história e património de Alcochete.
O presidente da Assembleia Municipal de Alcochete lembrou o estado de degradação do edifício da Igreja da Misericórdia, o lançamento de três concursos internacionais para a recuperação do imóvel e do seu património, o protocolo estabelecido com a Santa Casa da Misericórdia para o funcionamento do Núcleo de Arte Sacra e a colaboração de numerosos particulares que oferecem ou emprestam muitas peças para exposição.
“O retábulo desta igreja é uma das preciosidades que temos em Alcochete e não se conhece nenhum retábulo como este, que ainda esteja na sua moldura original”, disse.
Paulo Machado, Vereador da Cultura do Município, destacou a importância da exposição “A Geração de 500” e afirmou que os vinte anos do Museu Municipal representam “uma grande coragem, sobretudo do Museu, que integrou desde 2001 a Rede Portuguesa de Museus” e que se prepara para ser “o segundo museu ao nível nacional a ser certificado em qualidade em 2009 pelas forma como presta serviço à população na área da produção cultural”.
A entrada de toiros na Vila, conduzidos pelos campinos desde a sede do Aposento do Barrete Verde, na Rua José André dos Santos, até à Praça de Toiros de Alcochete, ao cimo da Avenida 5 de Outubro, é a imagem de marca das Festas de Alcochete que, este ano, contam com três corridas e nove largadas de toiros nas ruas.
As Festas prosseguem hoje, à noite, com folclore com os ranchos folclóricos de Danças e Cantares da Fonte da Senhora e “Os Camponeses” de São Francisco, a 1.ª corrida de toiros, o espectáculo de “Los Cubanitos” e a primeira largada de toiros.
Amanhã, 9 de Agosto, a festa brava estará ao rubro com a bênção e os jogos de cabrestos, a picaria à vara larga, duas largadas de toiros e a inesquecível noite da sardinha assada nas ruas de Alcochete, em que moradores e forasteiros convivem nas ruas ao sabor da sardinha assada, do pão e do vinho. Os ritmos irresistíveis da charanga da Imparcial 15 de Janeiro tornam as ruas da Vila num inebriante palco de alegria e dança.
No Domingo, dia 10, a zona ribeirinha de Alcochete ficará colorida com o encontro de embarcações tradicionais da região, um convite da Câmara Municipal de Alcochete para um passeio na área protegida do estuário do Tejo. Como é tradição, este dia marcado pela vocação marítima de Alcochete culmina com uma grande expressão de fé e religiosidade das gentes de Alcochete: a procissão nocturna por terra e mar em Honra de Nossa Senhora da Vida.
Momento da Entrada de Toiros na Vila