Presidente da Câmara em entrevista na Popular FM
O Presidente da Câmara de Alcochete, Fernando Pinto, esteve hoje na rádio Popular FM para uma entrevista onde abordou alguns dos tópicos que influenciam a vida de Alcochete e o seu posicionamento no panorama nacional, desde a construção do aeroporto até ao grau de execução do orçamento municipal.
No início da conversa na Popular FM, quando questionado sobre o Projeto do Arco Ribeirinho Sul, que tem prevista a criação de um corredor de 38 km, Fernando Pinto defendeu a importância da construção de infraestruturas ferroviárias, numa perspetiva de complementaridade à Ponte Vasco da Gama. Também a reabilitação das estruturas ribeirinhas e um maior aproveitamento das oportunidades proporcionadas pelo rio Tejo são uma mais-valia para Alcochete, trazendo uma nova realidade para a margem Sul onde se espera um aumento no investimento com a criação de novos postos de trabalho. “É um projeto que ascende a mais de 300 milhões de euros e que fará toda a diferença nos concelhos que integram o Arco Ribeirinho Sul”, explanou o autarca.
Já no que toca à habitação, tema especialmente importante para o executivo de Alcochete, o presidente teve a oportunidade de reforçar a intenção de construir habitação social, não só para resolver as questões de habitação indigna, mas também contribuir para a habitação a rendas acessíveis. Para cumprir este objetivo o município tem já projetos em curso, que preveem a criação de um regulamento de rendas acessíveis, numa tentativa de fixar os jovens no concelho ao invés de se verem forçados a procurar habitação noutras localidades.
Quanto à construção de um novo aeroporto complementar a Lisboa ou à criação de uma nova cidade aeroportuária, Fernando Pinto realçou a necessidade de se garantir a segurança de pessoas e bens, bem como o respeito pelas questões ambientais, independentemente da solução a adotar. “Se esses pressupostos forem cumpridos, não tenho nenhum problema quanto à sua localização. É um investimento importante para a região onde quer que se localize na margem sul e será seguramente benéfico para Alcochete”, continuou o autarca que se afirma expectante no trabalho que está a ser realizado, acrescentando, ainda assim, que Alcochete nunca foi convidado a pronunciar-se oficialmente sobre a localização do novo aeroporto.
Questionado sobre a saída da AMRS, o Presidente da Câmara Municipal de Alcochete aproveitou a oportunidade para explicar que a decisão em nada teve a ver com questões políticas, mas sim por entender que o valor que o município paga não corresponde ao serviço que recebe, pelo que assim que estiverem reunidas as condições, irá abandonar a associação. Em jeito de conclusão, o autarca teve ainda oportunidade de demonstrar o orgulho que sente no “orçamento municipal e na sua taxa de execução, apesar de ser o maior de sempre. Aumentámos investimento, reduzimos carga fiscal e reduzimos a dívida. Tudo o que pensámos fazer permitiu investimento na educação, nas infraestruturas desportivas e na rede viária. É um trabalho inacabado e é para continuar, tirando até partido das verbas que poderemos usar em candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência”.