Executivo municipal presta homenagem a D. António Luís Pereira Coutinho
Hoje, 9 de agosto, assinalam-se simultaneamente os 200 anos do nascimento (Lisboa, 1818) e os 110 anos do falecimento (Alcochete, 1908) de D. António Luís Pereira Coutinho, 5.º Marquês de Soydos. Em homenagem a esta personalidade ímpar, que sempre pugnou pelos interesses do Concelho de Alcochete, o executivo municipal dirigiu-se ao cemitério de Alcochete onde, simbolicamente, depositaram um ramo de flores. Um momento que contou com a presença de familiares do 5.º Marquês de Soydos.
Honrar o passado do Concelho e relembrar no presente todos os que contribuíram para o desenvolvimento de Alcochete seja com o seu trabalho ou com a sua perseverança, dedicação e altruísmo, é fundamental para que Alcochete seja um concelho com uma forte identidade local.
E foi precisamente neste sentido que "caminharam" as palavras do presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Fernando Pinto, que num breve discurso relembrou o percurso de D. António Luís Pereira Coutinho, a sua estreita ligação a Alcochete e o seu altruísmo para com esta terra.
“É preciso não esquecer o momento histórico, que marca de forma indelével a autonomia territorial e administrativa local, e continuar a homenagear todos aqueles que de forma determinada se debateram pela afirmação da identidade e sentir de Alcochete e dos Alcochetanos”, concluiu Fernando Pinto relembrando, mais uma vez, o importante papel que o 5.º Marquês de Soydos assumiu na Restauração do Concelho em 1898.
Filho do 4.º marquês de Soydos e de seu nome completo António Luís Pereira Coutinho Pacheco Patto Nogueira de Novais Pimentel, o 5.º Marquês de Soydos, sempre manifestou a sua afeição por Alcochete, terra onde residia e onde nasceram os seus filhos.
Os atos inscritos na sessão de câmara do dia 4 de Março de 1875, data em que doou um terreno contíguo ao Rossio, para a construção de um passeio público, são já uma demonstração inequívoca da sua afeição por Alcochete.
Contudo foi durante a perda da autonomia do Concelho que D. António Luís Pereira Coutinho mostrou de forma indelével a sua dedicação quando fez saber que disponibilizava a totalidade das suas posses em prol da autonomia municipal. Foi o primeiro presidente do Município de Alcochete com a autonomia restaurada e, sem dúvida, é uma personalidade para sempre inscrita na história da Restauração do Concelho, data histórica que ainda nos dias de hoje é recordada e assinalada de forma efusiva.
A 9 de agosto de 1908, data em que fazia 90 anos, faleceu no seu solar em Alcochete.
Por sua decisão os seus restos mortais jazem no cemitério de Alcochete e, em 1964, foi deliberado em sessão de câmara, e mediante concordância dos seus mais diretos representantes, que a sua sepultura ficaria perpetuamente confiada à guarda da câmara municipal, como entidade representativa da população do Concelho.
Miguel da Silva Pereira Coutinho, familiar do 5.º Marquês de Soydos que marcou presença neste dia simbólico, também ofereceu ao presidente do Município de Alcochete o livro "O 5.º Marquês de Soydos e sua Família" da sua autoria.