Biblioteca apresenta exposição sobre “Álvaro Cunhal – Centenário”
Nesta exposição é apresentada uma biografia sumária de Álvaro Cunhal, bem como a sua bibliografia e a “memorabilia” do seu percurso. A exposição pode ser visitada à terça-feira, das 15h00 às 21h00 e de quarta-feira a sábado, das 10h30 às 19h00.
Álvaro Cunhal nasceu em Coimbra em 10 de Novembro de 1913, mas veio com a família para Lisboa onde fez os seus estudos liceais, ingressando depois na Faculdade de Direito de Lisboa. Participou no movimento associativo estudantil e tornou-se membro do Partido Comunista Português em 1931. Esteve preso várias vezes e por largos períodos, evadindo-se da prisão – fortaleza de Peniche em 3 de Janeiro de 1960.
Após o 25 de Abril foi Ministro sem Pasta nos primeiros quatro Governos Provisórios e eleito deputado à Assembleia Constituinte em 1975 e à Assembleia da República nas eleições realizadas entre 1975 e 1987. Foi membro do Conselho de Estado de 1982 a 1992, ano em que deixou de ser Secretário-geral e foi eleito, pelo Comité Central, Presidente do Conselho Nacional do PCP.
Até ao fim da sua vida, teve uma intervenção activa na acção política, na actividade cultural e artística, na afirmação do projecto comunista. Morreu aos 92 anos em 2005.
Álvaro Cunhal foi também um artista com um apaixonado interesse pela criação artística, quer no plano da literatura, nomeadamente com o pseudónimo de «Manuel Tiago», com o romance e o conto “Até Amanhã, Camaradas”, “Cinco Dias; Cinco Noites”; “A Estrela de Seis Pontas”; “A Casa de Eulália”; “Fronteiras”; “Um Risco na Areia”; “Os Corrécios”; “Sala 3”; “Lutas e Vidas”; “Os Barrigas e os Magriços” e a tradução “Rei Lear” de Shakespeare, quer no plano das artes plásticas, com o desenho e a pintura “Desenhos da Prisão”, “Projectos”, quer ainda no plano da reflexão teórica sobre a estética e a criação cultural “A Arte, o Artista e a Sociedade”.