Luís Sarmento abriu as portas do World Poetry Movement a Alcochete
Alcochete faz parte do World Poetry Movement, através da apresentação da obra literária de Luís Filipe Sarmento, que decorreu no passado sábado, 18 de agosto, na Biblioteca de Alcochete.
Iniciativa do poeta colombiano, Fernando Rendon, que é o presidente do maior festival de poesia do mundo, em Medellin, o World Poetry Movement impulsiona a realização de espetáculos de poesia e música em todo o mundo durante o mês de agosto.
“O World Poetry Movement” é um movimento para a poesia mundial, que contribui mediante a globalização e a realização de ações poéticas na construção de um novo humanismo, o diálogo intercultural através da linguagem fraterna e universal da poesia, caminho à transformação e renovação da consciência em benefício de uma humanidade em paz, reconciliada com a natureza e consciente tanto da diversidade cultural, como do sentido de justiça, inclusão social nos processos de desenvolvimento cultural de todos os habitantes do planeta”, começou por dizer Elsa Wellenkamp, a impulsionadora da iniciativa em Alcochete.
“…desde sempre este homem faz-me rir, chorar, sentir a revolta adormecida, guardar silêncios e soltar liberdades também. Frequentemente ensina-me a vida e a arte de amar. Como alguém disse “se amo é porque amo”. É um privilégio ter-te e ler-te”, disse Elsa Wellenkamp sobre Luis Filipe Sarmento.
“… e, no entanto, move-se…” deu nome a esta iniciativa que integrou Alcochete neste movimento poético a nível mundial e do qual saiu uma declaração escrita pela vereadora da Educação, Maria de Fátima Soares, cuja gravação em vídeo foi depois enviada para todo o mundo.
“Costumamos dizer que “quando tem de ser até o universo conspira a nosso favor”, e é em Alcochete, através da nossa querida conterrânea Elsa Wellenkamp, que hoje nos juntamos a esta iniciativa que visa fundamentalmente divulgar a Poesia pela Paz no Mundo, promovendo a inclusão social e a igualdade de oportunidades para todos os povos!”, pode ler-se na declaração.
Declaração enviada para o World Poetry Movement
“Não vamos à procura do poema, da história, do romance ou do conto, carrega-se no botão e aí vai disto e o que sair, sai. E quando sai, no dia seguinte vamos ver o que escrevemos e (questionamos) o que é que eu escrevi. São momentos, mas com treino vamos fazendo destes momentos o dia-a-dia”, disse Luís Filipe Sarmento.
“Eu só escrevo quando não tenho mais nada para fazer”, acrescentou com humor o escritor que leu o seu poema mais traduzido, “Noite Terceira”, que nas suas palavras ilustra “um momento de exaltação, de paixão, de loucura”, escrito há 20 anos.
Além de enaltecer a obra literária de Luis Filipe Sarmento, poetas e amigos do escritor e realizador, partilharam com o público presente momentos de poesia nomeadamente, Luis Osório, Jaime Rocha, Maria Oliveira, Tito Lívio, Alberto Oliveira e João Rasteiro.
Nesta maratona de poesia participaram também o neurocientista, Vasco Soares, além das atrizes Margarida Ribeiro e Elsa Wellenkamp e a escritora Luisa Monteiro, com uma performance poética, e o músico Silvestre Fonseca, que interpretou vários temas, entre os quais “Romance de Amor” e “Granada”.