“Carris Metropolitana” assegura melhores transportes a melhores preços
O presidente da câmara municipal anunciou ontem na reunião de câmara descentralizada, que se realizou na sede do Vulcanense Futebol Clube, a criação da “Empresa de Transportes Metropolitanos de Lisboa” que vai operar sob a marca “Carris Metropolitana”.
A criação da Empresa de Transportes Metropolitanos de Lisboa foi aprovada ontem, na reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa, por unanimidade, pelos 18 municípios que integram a Área Metropolitana de Lisboa e visa colmatar as necessidades ao nível dos transportes e mobilidade, que afetam o dia-a-dia dos cidadãos que residem nos municípios que integram a AML.
Para o presidente da câmara existem dois problemas que o Município de Alcochete tem debatido no conselho consultivo da AML, que estão relacionados com o preço e frota dos transportes públicos: “Seguramente um munícipe do concelho de Alcochete que trabalhe em Lisboa, paga um valor mensal na ordem dos 120 euros” disse Fernando Pinto, que acrescentou que este é um problema que está associado ao facto de que: “os transportes públicos que utilizamos também carecem de manutenção, preservação e renovação da sua respetiva frota”.
“Todos os municípios que integram a AML trabalharam conjuntamente para encontrar uma solução que minimizasse o impacto financeiro de cada munícipe na utilização dos transportes públicos e que permitisse a cada utilizador/pagador o conforto, a segurança e o cumprimento integral dos horários”, sublinhou o autarca.
Esta nova empresa passará a ser responsável pela gestão do tarifário, a sinalização, toda a informação e a criação de uma bilhética única “vamos ter apenas um bilhete único, um passe que será intermodal e que irá permitir uma maior integração, maior conciliação de horários em todos os autocarros no que concerne à AML, com um passe que terá um custo máximo de 40 euros para deslocação entre os 18 municípios. As crianças até aos 12 anos não vão pagar transporte e as famílias terão um passe familiar que corresponderá a cerca de 80 euros”, explicou o autarca.
O Conselho Metropolitano de Lisboa aprovou também a necessidade de cofinanciamento do sistema de transportes por parte dos municípios, tendo sido definido um valor global de €31.225.000,00 da responsabilidade dos municípios, solicitando-se ao Governo a transferência para a AML de verbas que assegurem o exercício das competências de Autoridade de Transportes, a delegar pelos municípios na AML.
Cada município tem assim uma obrigação financeira, que no caso de Alcochete a câmara municipal vai “suportar o valor de 350 mil euros, apurado com base na área do município, na densidade populacional e nas receitas do município”, explicou o autarca, que acrescentou que Alcochete é o concelho que menos paga, uma vez que é o concelho com menor densidade populacional.
“Temos a convicção de que demos um passo importante em direção a uma verdadeira política de transportes públicos. A criação desta Carris Metropolitana vai possibilitar que em toda a área metropolitana se possa circular em todos os transportes públicos com um único passe intermodal, a baixos preços, ou seja, 40 euros para toda a AML e 30 euros para quem circule apenas na cidade de Lisboa”, acrescentou o vereador Pedro Lavrado.
Foto: Câmara Municipal de Lisboa