Concerto de aniversário da banda de Alcochete teve casa cheia
O concerto de aniversário da Banda da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898, que se realizou ontem, 13 de março, no Fórum Cultural de Alcochete foi mais um momento memorável na história da coletividade e de Alcochete.
Adiado em virtude da situação pandémica, só agora foi possível a realização do concerto comemorativo do 124.º aniversário da coletividade, mas valeu a pena a espera, pois foi um concerto memorável e com interpretações fantásticas de algumas das melhores obras escritas para orquestra de sopros.
A vice-presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Maria de Fátima Soares, afirmou a importância da coletividade, “uma das mais antigas do nosso concelho, uma coletividade bastante prestigiada, conhecida por todos, em Portugal e no mundo” e deixou palavras de agradecimento à “direção que cessou funções, pois os dois últimos anos foram muito difíceis, foi a fase mais difícil da pandemia. Foi uma direção que não teve muito por onde brilhar porque as circunstâncias não permitiram, mas essa direção deixou a sua marca, arregaçou as mangas e fez o seu melhor”.
Maria de Fátima Soares aproveitou para desejar à nova direção as maiores felicidades: “Sei que a nova direção é composta essencialmente por jovens, que também foram músicos, o que para nós é uma enorme alegria, pois é sinal de que o movimento associativo está vivo e tem força. Da parte da autarquia terão todo o apoio, estaremos cá para aquilo que mais precisarem”, acrescentou.
Em representação da Junta de Freguesia de Alcochete esteve o tesoureiro Armando Paixão, que enfatizou: “É com grande orgulho que olhamos para a nossa banda e vemos uma qualidade enorme nesta juventude que adere à cultura e que gosta de música. A sociedade tem um futuro muito bonito à sua frente com estas pessoas, sem esquecer as outras com mais anos de casa que ajudam estes jovens. Sublinho ainda o trabalho desenvolvido pela pessoa que dirige a banda, o maestro António Menino. Um trabalho que é visível, pois a banda está a tocar muito bem e tem uma sonoridade maravilhosa”.
Refira-se ainda que a Câmara Municipal de Alcochete presenteou a banda com dois trompetes e a Junta de Freguesia de Alcochete ofereceu um bombo.
Diogo Colaço, presidente da direção da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898, endereçou uma palavra muito especial à câmara municipal e à junta de freguesia: “Sublinho aqui o apoio que nos têm dado, em especial nos últimos dois anos, pois como disse a vereadora Fátima Soares, aconteceu-nos de tudo. E quero também fazer uma menção especial à direção anterior. Não tiveram uma vida fácil e sublinho aqui o meu agradecimento. Só estamos aqui porque vocês foram capazes de manter o barco à tona e fizeram um excelente trabalho”.
Foram ainda distinguidos com a colocação de divisas os músicos que entraram recentemente para a banda, seguindo-se a entrega de diplomas aos músicos com 5, 10 e 15 anos ao serviço da Banda de Alcochete.
Com direção musical do maestro António Menino, o concerto teve início com a interpretação de “Jordi” da autoria de José Rafael Pascual Vilaplana, seguiu-se “Two part invention” de Philip Sparke, na qual se destacaram os solistas de eufónio Alexandre Mósca e António Marques, que dedicaram a sua interpretação ao professor e amigo Rui Gaspar.
Do alinhamento musical do concerto constou ainda “Adamastor” de João Miguel Falé, “Gibraltar” de Richard Waterer, “Traveler” de David Maslanka e “Hispania” de Oscar Navarro.
O concerto chegou ao fim, como não poderia deixar de ser, com as interpretações dos passodobles “Ayamonte” e “Banda de Alcochete” que “arrepiaram” a plateia.
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