Assembleia Municipal festejou o 25 de Abril de 1974
O concelho de Alcochete festejou o 25 de Abril com a realização de uma sessão solene promovida pela Assembleia Municipal no dia 25 de abril, no Fórum Cultural de Alcochete, que foi transmitida em direto nas redes sociais do município.
O presidente da Assembleia Municipal, Mário Catalão Boieiro, deu início à sessão. Seguiram-se as intervenções dos representantes dos partidos políticos com assento na assembleia: Ana Luísa Lourenço (CDU), Diogo Mourão (PS), Patrícia Figueira (CDS-PP) e Francisco Gomes da Silva (PSD). Usaram também da palavra Maria João Rodelo, em representação da sociedade civil, e o jovem João Miguel Filipe, em representação dos jovens do concelho.
Na sua intervenção, o presidente da câmara municipal de Alcochete enalteceu o 25 de Abril de 1974, ao dizer que “valeu a pena os sacrifícios, as lutas, os muros derrubados e o cheiro a cravos pelas ruas do País, gritando em uníssono: viva a liberdade”. “Assinalamos hoje 47 anos da construção da Liberdade e da Democracia que, na noite de 24 para 25 de Abril de 1974 através dos Capitães sem medo, a quem prestamos homenagem num inequívoco sinal de respeito e gratidão, marcariam para todo o sempre uma data que figurará nos anais da nossa história”, acrescentou o autarca.
Fernando Pinto destacou que “no concelho está consolidado o trabalho em prol das pessoas” e que mesmo durante este ciclo pandémico “ninguém ficou para trás”. “É justo neste Abril uma palavra de reconhecimento e gratidão aos trabalhadores da autarquia, à nossa corporação de bombeiros, a todos os nossos agentes económicos, a todo o movimento associativo e muito particularmente às instituições particulares de solidariedade social, ao Serviço Nacional de Saúde e a todos aqueles que direta ou indiretamente todos os dias trabalham connosco para ultrapassar com a celeridade possível este túnel escuro que o mundo, o nosso País e o nosso concelho em especial atravessa desde março de 2020”, disse.
“Trabalhamos todos os dias para dotar o nosso território de projetos que visam não só criar emprego qualificado como também melhorar significativamente a nossa extensa zona ribeirinha, o parque escolar, os equipamentos desportivos, culturais e de lazer (…) mas queremos ainda mais e melhor: preservar a nossa identidade cultural, modernizar o concelho e apostar num desenvolvimento sustentado e focalizado sobretudo nas nossas populações e assente nas suas mais primárias necessidades”, referiu Fernando Pinto.
Para o autarca, “as conquistas de Abril estão implicitamente plasmadas nas políticas de proximidade, na concretização de medidas que consideramos importantes para o desenvolvimento do concelho, promovendo o bem-estar, a coesão social, a qualidade de vida”, medidas essas de que é exemplo a dinamização do Gabinete de Apoio ao Empresário e ao Empreendedorismo.
“Procuramos com estes apoios e projetos construir um concelho cada vez mais moderno, mais inclusivo, mais inteligente e por isso estamos despertos e a trabalhar de forma decisiva e empenhada para o desenvolvimento do processo inerente à descentralização de competências, à renegociação e prorrogação dos fundos comunitários e ao próximo ciclo relativo ao Portugal 2030 que muito pode contribuir para a concretização das ambições anteriormente referidas”, disse Fernando Pinto que terminou a sua intervenção com uma citação de Nelson Mandela: “Sermos livres não passa apenas por libertar os outros das correntes (que os prendem) mas, sim, viver de uma forma em que respeitamos e promovemos a liberdade dos outros”.
Na sua intervenção, o presidente da Assembleia Municipal de Alcochete, Mário Catalão Boieiro, disse que quando iniciou este mandato tomou a iniciativa de convidar para intervir na sessão solene representantes do povo e que, por não se ter realizado a sessão em 2020, o convite a Maria João Rodelo manteve-se e este ano foi também extensivo a um representante dos jovens do concelho, neste caso o jovem João Miguel Filipe.
Mário Boieiro criticou o populismo “que prolifera quando a credibilidade dos partidos políticos tradicionais é posta em causa” e deu como exemplo o estado da Justiça em Portugal, quando se assiste “ao arrastar de grandes processos durante anos e anos sem se vislumbrar o seu fim”.
Para o autarca, há que apostar nas camadas mais jovens “para que gradualmente promovam a alteração do que está menos correto aos olhos do povo”.
Mário Boieiro apelou a uma outra forma de fazer política, que contrarie a elevada taxa de abstenção dos cidadãos nos atos eleitorais, e o reforço dos apoios às pessoas afetadas nos seus rendimentos pela pandemia da Covid-19, “porque uma democracia consolidada mede-se na forma como trata os seus elementos mais desfavorecidos”.
O autarca defendeu também que o “uso da liberdade deve ser feito no respeito pelo outro” e apelou aos jovens e menos jovens que “não desperdicem tempo com o supérfluo e residual”. “No dia que nos respeitarmos mutuamente teremos atingido a maturidade política, democrática e respeito pelo próximo, valores basilares de convivência em democracia”, disse.
A sessão solene encerrou com um apontamento protagonizado por Daniela Soares, na voz, e Sara Labrincha, ao piano, que interpretaram três temas: “Solta-se o beijo” dos Ala dos Namorados, “Pica do 7” de António Zambujo e “O teu poema” de José Luís Tinoco.
Assista aqui à transmissão:
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