Alcochete recebeu jornada de arte sacra diocesana
A 3.ª jornada diocesana de arte sacra de Setúbal subordinada ao tema “Arte e Família: representações, expressões e relações” realizou-se em Alcochete, a 18 de fevereiro, na Igreja da Misericórdia, núcleo de arte do museu municipal de Alcochete, numa organização da Comissão Diocesana de Arte Sacra de Setúbal, que teve o apoio da Câmara Municipal de Alcochete e do Conservatório Regional de Artes do Montijo.
Na sessão de abertura a vereadora da cultura, Raquel Prazeres, agradeceu o desafio da comissão diocesana à câmara municipal para realizar a iniciativa em Alcochete pois considerou que “a valorização do património, nomeadamente cultural e artístico é também uma missão da câmara municipal aliada à missão da própria igreja, que assegurou esta preservação durante séculos”.
O bispo de Setúbal, D. José Ornelas, manifestou uma grande satisfação “pela realização deste evento numa periferia, num dos limites da diocese”, e sublinhou que “na Igreja sentimo-nos muito motivados [para esta temática] porque rever a nossa história é algo que tem uma motivação da nossa própria identidade”. “O Papa Francisco diz que o cristão tem de ser forçosamente uma pessoa de memória, porque o relato do nosso próprio credo, mais do que uma afirmação de verdades abstratas, é um relato da História”, acrescentou D. José Ornelas.
“Nós estamos muito interessados em desenvolver todo um sistema de parcerias, (…) para acolher, preservar, recuperar e oferecer à nossa sociedade o património, a herança cultural preciosa que nós recebemos”, concluiu o bispo de Setúbal.
Conhecedor de Alcochete, pois cresceu e estudou na vila, o Pe. Casimiro Henriques, diretor da comissão, destacou algumas salas e peças dignas de nota da igreja da Misericórdia, atualmente núcleo de arte sacra do museu municipal, e convidou os presentes a visitar o coro alto, e admirar a bandeira da misericórdia, que considerou uma peça extraordinária.
“O desafio do papa Francisco de virmos às periferias está ganho”, disse ainda o Pe. Casimiro Henriques justificando a realização da jornada em Alcochete.
A equipa que integra a comissão apresentou o trabalho desenvolvido na inventariação e caracterização das obras de arte sacra existentes na diocese, a missão e objetivos da comissão na preservação deste património e os desafios da comissão.
Seguiu-se apresentação proferida pelo Diretor do Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima, Marco Daniel Duarte, intitulada “Representações da Sagrada Família na arte da Diocese de Setúbal: as figuras e os cenários, os símbolos e os gestos”, e após uma pausa para almoço o painel “Arte e Família, à luz de Fátima”.
A 3.ª jornada diocesana de arte sacra de Setúbal chegou ao fim com a atuação dos alunos do Conservatório Regional de Artes do Montijo.