Presidente da Câmara esclarece posição do Município sobre novas ligações à Ponte Vasco da Gama
Na reunião de Câmara realizada ontem, 3 de Agosto, nos Paços do Concelho, o Presidente da Câmara Municipal esclareceu os autarcas e munícipes presentes sobre a posição do Município de Alcochete relativamente à proposta, apresentada pela Lusoponte, e que visa a ligação entre Alcochete, Barreiro e Montijo através de uma nova via.
Um nó de acesso e de saída à Ponte Vasco da Gama está igualmente contemplado na proposta apresentada pela LusoPonte ao Município de Alcochete, em Março último, e que mereceu “a total concordância” por parte da Câmara Municipal.
Sobre esta matéria, Luís Miguel Franco relembrou que a construção do nó de acesso e de saída é uma preocupação do Município de Alcochete que remonta a 2006, até porque a construção deste novo acesso é fundamental para as populações de Samouco e São Francisco.
“De facto temos a população de Samouco, menos a população de São Francisco mas também, que está quase ostracizada em relação aos acessos à Ponte Vasco da Gama e, em Alcochete, temos também a Estrada Real (uma via comum ao Concelho do Montijo) que está sobrecarregada de utilizadores que optam pelas estradas municipais para se deslocarem até ao IC32, para depois acederem ou saírem da Ponte Vasco da Gama”, destacou o autarca.
Face a esta realidade, foram realizadas reuniões com a Lusoponte e o então Secretário de Estado das Obras Públicas, bem como foram conjugados esforços entre os Municípios de Alcochete e Montijo para constituir um grupo de trabalho (comum aos dois Concelhos) com vista a estudar esta matéria do ponto de vista técnico, para, posteriormente, ser remetido para as instâncias competentes (Lusoponte e o então Ministério das Obras Públicas e Transportes).
Desta forma, e em consonância com acções já desenvolvidas pela Autarquia neste contexto, o Presidente da Câmara Municipal reafirmou, ontem, que “independentemente da existência desta proposta, a Câmara Municipal sempre reivindicaria a construção de algo que é fundamental sobretudo para as populações de Samouco e São Francisco, com preocupações acrescidas no que diz respeito à articulação entre esse nó de saída e a nova via, que fará a ligação ao Barreiro e, eventualmente, ao Seixal”.
Quanto à inclusão do Município de Seixal nesta proposta, Luís Miguel Franco, esclareceu que esta foi também uma preocupação manifestada numa posterior reunião entre os Municípios envolvidos, e na qual Alcochete ficou com a tarefa de agendar uma reunião com o Conselho de Administração da Lusoponte, uma vez que estão em causa “algumas preocupações ao nível da coesão do Arco Ribeirinho Sul”.
Sobre o Arco Ribeirinho Sul, o Presidente da Câmara frisou que é igualmente pertinente que se “comece a prestar mais atenção aos Municípios localizados mais a Este desse mesmo Arco Ribeirinho Sul – Alcochete, Montijo e Moita – porque, em bom rigor, o conceito territorial do Arco Ribeirinho (que inclusivamente consta da nova versão do PROT-AML que está a aguardar deliberação do Conselho de Ministros) contempla seis Municípios, de Alcochete a Almada”. Conceito territorial que, no que respeita a concretizações físicas e a investimentos, se tem limitado “ao triângulo Almada, Barreiro e Seixal”.