Candidatos às “Hortas Sociais” recebem chaves da Fundação
A Fundação para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco procedeu na passada sexta-feira, 20 de Maio, à entrega das parcelas aos 41 hortelões que se candidataram à prática de agricultura biológica nas “Hortas Sociais”, que totalizam uma área total de 18 mil metros quadrados situada junto à Estrada Municipal 501, que liga Alcochete ao Samouco.
Esta cerimónia informal, realizada no terreno destinado às “Hortas Sociais”, contou com as presenças do Vereador do Ambiente e Espaços Verdes da Câmara Municipal de Alcochete, Jorge Giro, representante da Autarquia na referida Fundação, e do respectivo Presidente do Conselho de Administração desta instituição, Eng.º Firmino de Sá.
Cada um dos hortelões presentes na cerimónia recebeu as chaves de acesso ao terreno e à respectiva casa de apoio ao trabalho agrícola, assim como a torneira necessária para a rega, e assinou a respectiva documentação.
O Vereador do Ambiente e Espaços Verdes deu as boas-vindas aos hortelãos e apelou ao contributo de todos os participantes no sucesso do projecto de funcionamento das “Hortas Sociais” em Alcochete.
“A Câmara Municipal de Alcochete, quando tomou posse neste último mandato autárquico, tudo fez para que este projecto avançasse o mais rapidamente possível, uma vez que estava parado desde 2004”, referiu Jorge Giro.
O autarca destacou também todos os apoios da Autarquia para concretização do projecto, nomeadamente ao nível da colocação de pontos de água ao longo das várias parcelas de terreno que constituem as “Hortas Sociais”, que são abastecidas por água graças ao funcionamento de um moinho de vento.
“As pessoas estão entusiasmadas. Esperemos que seja um sucesso e que as “Hortas Sociais” sirvam para as pessoas, acima de tudo, ocuparem o seu tempo livre, divertirem-se e aproveitarem este espaço para cultivar produtos biológicos. O que eu disse é que isto vai funcionar como um condomínio e espero que todos os condóminos se dêem bem”, salientou Jorge Giro.
Por seu turno, o Presidente do Conselho de Administração da Fundação das Salinas do Samouco também estava optimista quanto ao sucesso do projecto. “Pretendemos que as pessoas aproveitem esta iniciativa não só do ponto de vista económico mas também do ponto de vista do convívio e do exercício físico. Temos todos a expectativa de que vai ser um projecto com muito sucesso e que teremos provavelmente que alargar a outros terrenos da Fundação”, disse.
A Fundação das Salinas do Samouco estabeleceu um contrato com cada um dos hortelões, válido por um ano, no qual cada um deles se responsabiliza pela manutenção e preservação ecológica do respectivo lote. Firmino de Sá explicou que os hortelões “vão ter o apoio de um Engenheiro Agrónomo da Câmara Municipal de Alcochete e já têm nas mãos o Manual de Boas Práticas para dar início à agricultura biológica”. Contam ainda com o apoio dos técnicos da Fundação e, caso venha a ser necessário, não está posto de parte o recurso à ajuda externa de técnicos especializados em agricultura biológica.
Cada hortelão vai pagar dois euros por mês e dar uma percentagem da sua produção, entre 5 a 7 por cento segundo o responsável da Fundação, para venda em feiras de produtos biológicos ou a instituições de beneficência, sendo que todas as receitas serão reinvestidas no projecto das “Hortas Sociais”.
Firmino de Sá referiu ainda que a Fundação das Salinas do Samouco está apostada em reparar todo o Complexo das Salinas, muito vulnerável e danificado pelas intempéries que ocorreram nos dois últimos Invernos, com o objectivo de incentivar as visitas de educação ambiental que já são possíveis realizar nesta área protegida.
“Acho que vamos conseguir chegar ao nosso objectivo final que é ter o Complexo reparado, a produzir sal, com a avifauna a usar o Complexo para se alimentar e abrigar e esperamos ter muita gente a visitar as Salinas do Samouco, não só do ponto de vista da educação ambiental mas também do ponto de vista do lazer”, disse.