Presidente da Câmara destaca a vertente natural do Município
O Presidente da Câmara Municipal salientou a importância da componente ambiental do Município de Alcochete para a definição da política de desenvolvimento sustentável do concelho, na sessão inaugural da Conferência sobre “As Zonas Húmidas e a Gestão da Biodiversidade”, que se realizou hoje, dia 5 de Novembro, no Fórum Cultural de Alcochete.
“Queremos que as nossas políticas de desenvolvimento sustentável possam também passar por esse pilar do ambiente”, disse o autarca perante uma plateia de especialistas do sector, após ter feito uma saudação especial à presença do presidente do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, Tito Rosa, na inauguração deste evento realizado em Alcochete e inserido num ciclo de conferências sobre Biodiversidade.
Luís Miguel Franco deu conta das “excelentes relações” da Câmara Municipal de Alcochete com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade e com a Reserva Natural do Estuário do Tejo, recordando a parceria estabelecida entre estas três entidades aquando da criação do Pólo Ambiental do Sítio das Hortas e do Pinhal das Areias, o seu envolvimento pessoal na criação de um novo paradigma orgânico para funcionamento da Fundação para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco, em que o Município também participa, a parceria estabelecida no âmbito do Programa de Acção para Regeneração da Frente Ribeirinha de Alcochete, que está a decorrer, e ainda a proposta ao ICNB para criação em Alcochete de um parque metropolitano ambiental.
“Estamos atentos às questões ambientais e valorizamos este pilar de desenvolvimento estratégico”, frisou o Presidente da Câmara Municipal de Alcochete, defendendo que “as questões da sustentabilidade devem ser vistas de forma transversal, incluindo a componente económica”.
Para o Presidente do ICNB, Tito Rosa, a gestão da biodiversidade representa “um desafio de equilíbrio”, ou seja, “o enorme desafio é tentar equilibrar o nosso desenvolvimento e o nosso bem-estar, condições que todos os humanos anseiam, com as condições de vida que só a natureza proporciona”.
De acordo com este responsável, é necessário usar de “inteligência” para “saber gerir as condicionantes, saber auto – restringir alguns excessos mas também saber valorizar as oportunidades que a Natureza nos dá”, porque, em sua opinião, “territórios que têm áreas protegidas são territórios de futuro”.
Este evento contou ainda com as presenças da Vice-presidente do ICNB, do director da Reserva Natural do Estuário do Tejo, do presidente do Conselho de Administração da Fundação para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco, dos responsáveis do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas Zonas Húmidas e dos Vereadores da Câmara Municipal de Alcochete, Paulo Alves Machado, na qualidade de presidente da Fundação João Gonçalves Júnior, e do Vereador do Ambiente e Espaços Verdes, Jorge Giro, entre outras individualidades.
“Sapais e biodiversidade”, “Entre lamas e salgados: aves limícolas e conservação de zonas estuarinas”, “A importância da moluscicultura para a salvaguarda das zonas húmidas”, “Comunidades de peixes estuarinos: estrutura, funcionamento e pressões antropogénicas”, “A importância das salinas na manutenção da biodiversidade estuarina”, “Criação de valor em áreas protegidas – caso concreto”, “Aquacultura sustentável”, “O arroz, fonte de alimento para pessoas e maçaricos, mas sem necessidade de conflitos” e “Gestão de arrozais para aves aquáticas: resultados de uma experiência na envolvente do Estuário do Tejo” foram as comunicações apresentadas por vários especialistas nesta conferência, inserida nas comemorações oficiais de 2010, proclamado pela ONU como Ano Internacional da Biodiversidade.
A conferência encerrou com uma visita às Marinhas de Vale de Frades e ao centro de apoio da Estação Ornitológica Nacional das Marinhas de Vale de Frades no Pólo de Animação Ambiental do Sítio das Hortas, em Alcochete.