Homenagem a José Piqueira marca início das Festas do Barrete Verde e das Salinas
A cerimónia de atribuição do 1.º Galardão Barrete Verde, representado pela estatueta de um toiro, realizou-se na sede do Aposento do Barrete Verde na passada sexta-feira, dia 6 de Agosto, no âmbito da tradicional recepção aos convidados de honra, entre os quais destacamos o Presidente da Câmara Municipal, os Vereadores e o Presidente da Junta de Freguesia de Alcochete, para além de numerosos autarcas e individualidades.
Depois de receber a distinção das mãos do actual Presidente da Direcção do Aposento do Barrete Verde, Carlos Rodrigues, e de ter escutado as palavras de José Caninhas, outro antigo presidente da colectividade, José Piqueira mostrou-se muito emocionado com esta homenagem.
“Cada pessoa tem o seu hobby e eu logo desde muito novo apaixonei-me pelas maravilhas de Alcochete, pela nossa terra”, disse o homenageado, salientando que “tudo o que possa ter feito não teve o propósito de se evidenciar pessoalmente, mas sim servir dignamente Alcochete”. “Confesso que estou intimamente feliz e muito sensibilizado. Muito obrigado e viva Alcochete”, acrescentou.
Uma das acções mais marcantes de José Piqueira está expressa na toponímia e estatuária da Vila de Alcochete através da sua destacada participação nas propostas à Câmara Municipal de Alcochete para atribuição dos nomes do carismático José André dos Santos e da fadista Maria Leopoldina Guia a duas ruas de Alcochete, bem como nas propostas para construção de uma estátua ao forcado e de um miradouro em homenagem à fadista Amália Rodrigues.
“Presidente, ou não, do Aposento do Barrete Verde, que tanto ama, o Zé deu azo à sua imaginação fértil e adornou sempre Alcochete com desvelo e dedicação, tornando-a ainda mais bela e atraente aos olhos de quem estava e de quem vinha. A racionalidade perdia-se no desejo enorme de mostrar as coisas bonitas da sua terra, o jeito mais característico das suas gentes. E partia para Lisboa com um jogo de cabrestos mandados por campinos, desfilando pelos Restauradores, chamando toda a gente para Alcochete. O homem singular perdia-se deliberadamente para dar lugar a um colectivo emblemático que o entontecia e o enchia de orgulho”, recorda a direcção do Aposento do Barrete Verde no texto de homenagem a José Piqueira divulgado na revista das Festas.
Também Luís Miguel Franco, Presidente da Câmara Municipal, pediu uma calorosa salva de palmas para José Piqueira, manifestando “em nome de Alcochete e da população, o nosso muito e mais sincero obrigado”.
“A Câmara Municipal de Alcochete, no seu devido tempo, teve também a oportunidade de homenagear José Piqueira pelos serviços prestados à nossa comunidade e ao nosso concelho”, lembrou o autarca, salientando que são necessários homens como o homenageado “para construírem essa alma muito própria que é a alcochetana”.
Também a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcochete distinguiu José Piqueira com a oferta de uma lembrança entregue pelo presidente da Direcção. “Queria só dizer que o Sr. José Piqueira também foi uma pessoa muito importante para os Bombeiros de Alcochete e que fazem falta alcochetanos assim como ele”, disse Fernando Pessoa.
As entidades oficiais procederam de seguida ao hastear das bandeiras na Avenida D. Manuel I, cerimónia abrilhantada pelos músicos da Banda da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 a que assistiram muitos munícipes.
A entrada de toiros na Vila, a animação nos palcos colocados vários locais e o espectáculo de música com os ADIAFA no palco de São João trouxeram um “mar de gente” a Alcochete no primeiro dia das Festas, que se prolongaram noite dentro com a primeira largada de toiros.