Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 comemora 111.º aniversário
A notável história da Sociedade Imparcial de Alcochete, a sua importância no movimento associativo do Município, o prestígio da sua escola de música, assim como dos seus músicos foram aspectos que marcaram os discursos dos autarcas e dirigentes associativos que intervieram durante esta cerimónia.
Depois do presidente da Assembleia Geral, António Franco, abrir a sessão, Alfredo Canário, presidente da Direcção da Sociedade recordou a Restauração do Concelho e, principalmente, o 15 de Janeiro de 1898, data em que “emergiu um grupo de músicos que atiraram para o ar os acordes do hino da vitória”.
“Neste acto solene comemoramos a fundação da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898, que surgiu em simultâneo com a Restauração do nosso Concelho, à qual ficou atavicamente ligada”, referiu Alfredo Canário.
O Presidente da colectividade não poupou elogios à Banda de Música que tem proporcionado bons momentos a Alcochete e contribuído para a sua promoção cultural, assim como ao Orfeão que, apesar de ter ressurgido mais recentemente, tem igualmente um desempenho distinguível.
Quanto ao 111.º aniversário, Alfredo Canário referiu que este ficou, sem dúvida, marcado pelo lançamento da primeira pedra da nova sala de ensaios da Sociedade Imparcial: “O momento significou uma mensagem de esperança caracterizada pela assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal e a Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898”.
“Diga-se que a deliberação do Município visionou a verdadeira importância do edifício para a realização dos objectivos da Sociedade porquanto com esta obra antevemos actividades mais variadas e participadas. Aplaudimos o Município, reiterando os agradecimentos da Sociedade Imparcial de Alcochete pela concessão da verba de 100 mil euros e pela estimada colaboração prestada que irá permitir a almejada construção”, frisou Alfredo Canário.
Nesta cerimónia, munícipes, músicos e instituições que têm contribuído para o desenvolvimento da colectividade também foram reconhecidos com a entrega de diplomas aos sócios com 25 anos de associados e de diplomas de reconhecimento a diversas entidades. Aos músicos da Banda foram também entregues diplomas de reconhecimento como prova de dedicação à sua actividade musical.
Durante a sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal, Luís Miguel Franco, sublinhou o mérito desta colectividade: “Esta Casa tem cumprido com as suas tradições, ao nível das artes de teatro e da formação musical e, portanto, em nome da Câmara Municipal os mais sinceros agradecimentos e reconhecimentos pelo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido”.
O Autarca frisou ainda o “trabalho profícuo” que tem sido realizado em parceria com a Sociedade. Neste contexto, e a título de exemplo, Luís Miguel Franco recordou a inauguração de um arruamento com o nome da colectividade: “Foi em conjunto que inauguramos uma avenida no centro histórico da Vila, uma avenida emblemática que perpetuará o nome da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898”.
“Foi também em conjunto, e por iniciativa da Sociedade Imparcial de Alcochete, que começamos a equacionar uma forma de, articuladamente, conseguirmos construir um projecto que há muito é desejado pelos homens e mulheres que vão passando por esta Casa e que passa pela reconstrução de uma realidade que, no futuro, será uma sala de ensaios que possibilitará uma melhor formação dos nossos músicos e um melhor desempenho por parte da Banda e do Orfeão desta Casa”, acrescentou.
Como forma de reconhecimento, a Câmara Municipal doou à Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 um Tímpano, um instrumento musical cuja aquisição representou um custo de €1.740,67 para a Autarquia.
Com o mesmo intuito, a Junta de Freguesia de Alcochete também doou um Tímpano à Sociedade Imparcial.
Estêvão Boieiro, Presidente da Junta de Freguesia de Alcochete, também usou da palavra e, durante o seu discurso salientou a vitalidade desta colectividade e a sua importância para o movimento associativo do Município.
Paulo Machado, vereador da Cultura, direccionou as suas palavras para a cultura e para a evolução do movimento associativo ao longo destes trinta anos do poder local democrático.
“A Sede da Sociedade Progresso e Labor Samouquense, a Sede dos Caçadores e outras tantas foram feitas através do empenhamento das Autarquias, do poder local democrático e isso é uma conquista fundamental que devemos todos enaltecer”, referiu o Vereador.
O Governo Civil de Setúbal fez-se representar por Pedro Ruas que, depois da sua intervenção, ofereceu à Sociedade Imparcial um quadro em azulejo alusivo a Alcochete.