João Borges doa tríptico à Biblioteca de Alcochete
João Borges apresentou-se em Alcochete enquanto criador de uma obra que teve como ponto de partida “uma ideia abstracta”, que considera inerente à pintura em geral, e explora o universo figurativo.
“Penso muitas vezes que tudo aquilo que nós conseguimos concretizar, parte de qualquer coisa muito abstracta ou de um sentimento. Eu considero que toda a pintura é abstracta porque parte de uma ideia, mesmo aqueles que pintam o hiper-realismo”, disse João Borges.
E acrescenta: “Não consigo explicar bem a minha pintura, porque se encontra num meridiano entre o abstracto e o figurativo. E espero que estes quadros façam boa companhia às letras impressas nas folhas destes livros e revistas e nos cadernos das crianças”.
Para o Presidente da Câmara as comemorações da restauração da independência político/administrativa do Concelho de Alcochete constituíram o momento ideal para patentear ao público a obra de uma pessoa que desde há muito vem demonstrando o seu enorme afecto por Alcochete e pelas suas gentes.
“Acedemos à vontade manifestada pelo autor, aquando da inauguração da Biblioteca de Alcochete, de expor os quadros por si doados, neste espaço de Cultura, porque queremos que exista uma simbiose, o mais perfeita possível, entre as instituições, as autarquias e os artistas plásticos, para que consigamos dotar os nossos equipamentos, nomeadamente os culturais, de obras de arte de referência”, disse Luís Miguel Franco.
A Alcochete João Borges doou “Arquivos Secretos”, mas foi em 2004 que o jurista expôs pela primeira vez, no Museu da Água com a exposição “Os Dias a Fio”, seguindo-se em 2005 “Bairro Alto” – colectiva de 10 artistas portugueses, na província de Granada, Espanha.
A cerimónia de formalização de doação do tríptico foi enriquecida com as actuações de jovens músicos da escola de música “Artesão do Som”.