Assembleia Municipal evoca 25 de Abril
A Assembleia Municipal de Alcochete promoveu ontem, no núcleo de Arte Sacra do Museu Municipal de Alcochete, a sessão evocativa do 43.º aniversário do 25 de Abril, que concluiu um dia intenso de comemorações um pouco por todo o concelho com a realização de iniciativas culturais e desportivas.
Representantes do poder local, do movimento associativo e de outras entidades assistiram às intervenções do presidente da assembleia municipal, do presidente da câmara e dos deputados municipais dos partidos políticos com representação na assembleia municipal de Alcochete. As intervenções dos representantes dos partidos políticos estão disponíveis no espaço reservado à divulgação das matérias abordadas pelas bancadas nas reuniões da Assembleia Municipal publicadas no site da câmara municipal.
O presidente da assembleia municipal relembrou que em “Alcochete a democratização, o desenvolvimento e a construção do Poder Local foi um processo integrador e participado, que envolveu e continua a envolver a população, num movimento coletivo, rico e variado, mas que também tem os seus detratores entre os que nunca se reviram nem se revêm nos valores de Abril”.
“O Poder Local de Abril, por encerrar em si um modelo profundamente democrático de desenvolvimento local que determina ainda hoje a ação da grande maioria dos eleitos autárquicos por todo o País, tem sido alvo dos mais diversos ataques (…)” salientou Fernando Leiria, que exaltou também que: “Têm sido sistemáticos os problemas colocados às freguesias e municípios, com destaque para o subfinanciamento em relação ao exercício das competências atribuídas, o incumprimento reiterado das diversas leis das finanças locais, em prejuízo das autarquias e das populações, a constante intromissão do poder central, procurando limitar e fazer regredir a autonomia política, administrativa e financeira constitucionalmente definidas”.
Discurso do presidente da assembleia municipal
O presidente da câmara municipal recuperou a memória da madrugada do 25 de Abril de 1974: “Foi uma madrugada em que o povo, depois dos militares, recuperaram a sua liberdade há muito ansiada e porque muitos lutaram, foi uma madrugada de romantismo e de convicções”.
“Passaram 43 anos e o 25 de Abril é hoje o momento para evocarmos todos aqueles que o construíram, aqueles que foram perseguidos, torturados e assassinados”, disse Luís Miguel Franco, que sublinhou que: “O Poder Local Democrático, quer em Alcochete, quer um pouco por todo o país, foi construído independentemente das diferenças políticas ou ideológicas, que aproxima mais do que aquilo que exclui”.
“Nos últimos 12 anos não foi fácil governar, 9 dos quais perante uma crise num contexto económico-financeiro desastroso para o mundo, para o país, ao qual o concelho de Alcochete não podia ficar imune”, recordou o autarca, que lembrou também algumas concretizações que a Câmara Municipal de Alcochete conseguiu ao longo destes 12 anos, nomeadamente a biblioteca de Alcochete, a intervenção na Praia dos Moinhos, o centro de saúde na Freguesia de Samouco, a requalificação da frente ribeirinha de Alcochete, a intervenção no Passil, o Bote Leão e o centro escolar na freguesia de São Francisco.
O autarca mencionou ainda a realização de investimentos que são fundamentais para o bem- estar da população, nomeadamente, a ampliação e requalificação da escola da Restauração, a requalificação do Miradouro Amália Rodrigues, a requalificação da Praça da República no Samouco, a requalificação do parque das merendas na Fonte da Senhora, a requalificação da rua do Láparo, em Alcochete e o novo depósito de água na Fonte da Senhora, estando ainda prevista a apresentação de candidaturas para a ampliação e requalificação da escola do Valbom e para a requalificação de toda a entrada nascente na vila de Alcochete.
“Continuamos a trabalhar no Poder Local Democrático da única forma em que sabemos trabalhar, com honestidade, com competência e sempre com este espírito de missão de servir o próximo, de servir as populações que representamos”, concluiu Luis Miguel Franco.
A sessão solene chegou ao fim com uma sentida homenagem a José Afonso, com “Zeca sempre. A utopia.” pela atriz Luisa Ortigoso e pelo grupo musical Pedra de Toque que interpretou temas de intervenção bem conhecidos de todos.