Executivo manifesta solidariedade com refugiados
A estratégia de acolhimento de refugiados foi abordada na reunião de Câmara descentralizada realizada no Valbom, após intervenção da Vereadora Susana Custódio que apresentou algumas das conclusões da última reunião da supraconcelhia da Península de Setúbal sobre este tema. O Executivo Municipal manifestou solidariedade pelos milhares de pessoas que procuram a Europa para viverem em segurança e em condições que lhes foram retiradas.
“Sabemos que aquelas pessoas não migrariam se tivessem condições de segurança e vivência nos países dos quais são oriundas. Esta é uma questão que urge resolver, mas, enquanto não o é, a Europa deve dar o exemplo da existência de valores que sempre a inspiraram como a solidariedade, a fraternidade e a igualdade”, destacou o Presidente da Câmara Municipal.
Relembrando que a União Europeia é uma “união de cooperação de Estados, de povos e de diminuição de assimetrias”, o Autarca criticou a atuação de alguns países, perante estas pessoas que procuram a Europa para sobreviver, e adiantou que também deveriam ser “aplicadas sanções a países que não cumprem com os tratados que configuram esta mesma União Europeia”.
No entanto, o autarca defendeu também que devem ser acauteladas as devidas condições para que estas pessoas, que fogem da insegurança, não se deparem com a incerteza.
Sobre a reunião da supraconcelhia de Setúbal, realizada no passado 6 de outubro, em que participaram os Vereadores dos Municípios, que acumulam o cargo, com a presidência dos Concelhos Locais de Ação Social (CLAS), e representantes de várias entidades da administração central, a Vereadora Susana Custódio informou que uma das “conclusões que foi extraída nesta última reunião, é que não há uma estratégia nacional, nem uma resposta estruturada e transversal a todas as áreas que permite fazer um justo acolhimento”.
“A reivindicação dos Municípios é que, efetivamente, exista uma estratégia a nível nacional, com a definição do que cada um faz, em que momento e quais as suas funções. (…) E quem tem o poder de decidir é-lhe exigido que tenham, efetivamente, esta preocupação de raciocínio e de estruturar respostas”, sublinhou a autarca referindo-se ao Governo que, até à data, não averiguou as possibilidades e disponibilidades existentes nas várias redes como a escolar, habitacional, da saúde e da empregabilidade.
Susana Custódio informou ainda que este é um tema que será abordado na próxima reunião do Conselho Local de Ação Social de Alcochete, que se realizará a 22 de outubro.