FEI 2008 é aposta ganha da Autarquia
Promovido pela Câmara Municipal e com direcção artística de Pedro Pyrrait, o festival teve este ano uma programação muito mais abrangente e dinâmica, quer ao nível dos artistas participantes, quer na utilização de diferente espaços do Concelho, para concertos, ateliers e outras manifestações culturais.
Pelo Fórum Cultural de Alcochete, Freeport Outlet, Igreja da Misericórdia/ Núcleo de Arte Sacra do Museu Municipal, Biblioteca de Alcochete, Largo de São João, e ruas da Vila passaram um conjunto diferenciado de artistas de grande notoriedade no panorama nacional e internacional, que enriqueceram sobremaneira a programação do festival.
Nomes como Camané, Phamie Gow, Tradere, Vanesa Muela, Jose António Alonso, Júlio Arribas, La Zarabandina, Pauliteiros de Miranda, Strella do Dia, Atlântida e Hexacorde garantiram à edição deste ano uma grande qualidade artística.
Além dos concertos e ateliers, que reuniram uma grande adesão por parte de um público mais jovem, o FEI incluiu este ano na sua programação a Exposição “Aleluias. Jogos. Trajes” em parceria com a Fundação Joaquin Diaz, que cedeu um acervo de jogos, estampas e gravuras do século XIX e XX relativos à dimensão da vida em família, do jogo e dos espaços de intimidade, recriando espaços onde a música surgia associada à parte lúdica, aos jogos ou às Aleluias. Além de uma Feira do Livro Ibérico que disponibilizou títulos de literaturas lusa e castelhana, da Europa e da América Latina.
Uma das grandes apostas da organização foi trazer para o FEI uma dimensão musical mais transversal, e consequentemente que obtivesse uma maior receptividade por parte do público.
Para o Vereador da Cultura este foi um objectivo claramente alcançado, na medida em que este ano o FEI deu um salto muito significativo no que concerne à programação e na aproximação com o público.
Paulo Alves Machado identifica três áreas que considera fundamentais para o sucesso alcançado pelo festival: “A natureza do próprio programa, a diversidade e a abordagem transversal que esta edição do festival conseguiu trazer até Alcochete;
o segundo aspecto está relacionado com a dimensão da parceria que esteve envolvida na construção e organização deste 6.º festival que reuniu um conjunto de parceiros que consideram que Alcochete tem um espaço garantido na promoção da cultura na Área Metropolitana de Lisboa, a nível regional, nacional e também a nível internacional;
o terceiro e último aspecto tem a ver com o estabelecimento de uma relação muito particular com o público, que este ano assumiu uma forma muito mais significativa, por força de uma internacionalização clara do festival e de uma grande parceria que tornou possível que muitos mais pudessem ter conhecimento do festival”.
Além do envolvimento dos media partners, Antena 2, revista interfolk e Jornal de Alcochete, o FEI contou este ano com parcerias muito importantes, designadamente do Freeport Outlet, que se envolveu pela primeira vez de uma forma concertada, Construfalco, Riberalves, Lusoponte e Gestiponte e da empresa espanhola 3 Molinos Resort.
“A Administração local não tem possibilidade de promover a cultura sozinha, na medida em que a cultura emerge da comunidade, de vários pólos, das colectividades, de outras instituições, das escolas e da própria Câmara Municipal”, sublinhou o vereador Paulo Machado.
Entrevista com o Vereador da Cultura