Encerramento do Serviço de Urgência
17 Nov 2006
Câmara aprova Moção de Protesto
A Câmara Municipal de Alcochete opõe-se frontalmente ao encerramento dos serviços de urgência do Hospital Distrital do Montijo e exige a melhoria do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) no Concelho de Alcochete.
O Hospital Distrital do Montijo serve uma população estimada em mais de 60 mil pessoas residentes nos municípios de Alcochete, Montijo, Moita, Palmela e Vendas Novas e o anunciado encerramento dos serviços de urgência do Hospital
do Montijo acarretará elevados custos para as populações.
A Câmara Municipal de Alcochete aprovou, na reunião de quarta-feira, 15 de Novembro, por unanimidade, a seguinte moção de protesto:
“A Proposta da Rede de Serviços de Urgência, produzida com base no «Relatório da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação da Rede de Urgência Geral” e realizada a pedido do actual governo, aponta para o encerramento da unidade de urgência hospitalar do Hospital de Montijo.
Integrado na Rede Hospitalar Nacional, o Hospital de Montijo serve hoje uma população estimada em mais de 60 mil pessoas. Este Hospital tem por missão procurar dar resposta aos problemas dos concelhos de Alcochete, Montijo e também a residentes nos concelhos de Moita, Vendas Novas e Palmela, sendo atendidos no seu serviço de urgência cerda de 46.864 Utentes, o que corresponde a uma média diária de 130 utentes.
Além disso, em 2001 este hospital foi palco de um elevado investimento na ordem dos 1,5 milhões de Euros na remodelação e melhoramento do seu serviço de urgências, na procura de fornecer um serviço de melhor qualidade para as populações.
Concomitantemente, e numa análise prospectiva de crescimento demográfico e tendo por base o índice de crescimento previsto para o concelho de Alcochete e limítrofes, as estatísticas demográficas apontam para que nos próximos dez anos se assista a um significativo aumento da população no raio de intervenção do Hospital de Montijo.
A aparente proximidade do concelho de Alcochete, quer a Lisboa, quer ao Barreiro, pode, no entanto, ser desmistificada com os regulares movimentos pendulares de trânsito, que dão origem já hoje a grandes congestionamentos nas denominadas horas de ponta, que põem em causa o cenário traçado de 45 minutos até ao serviço de urgência mais próximo, isto tendo em conta os cenários referidos.
A esta questão junta - se o significativo tempo médio de espera no serviço de urgência do Barreiro, estimado em cerca de 1h30m, que acrescido ao tempo previsto de deslocação Alcochete/Barreiro, porá em causa a resposta atempada ao utente, podendo induzir, tragicamente, a perda de vidas humanas.
Esta decisão irá ainda sobrecarregar os já limitados meios da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcochete e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Assim, e neste contexto o Hospital de Montijo surge como uma resposta imprescindível na prestação de cuidados de saúde fundamentais às populações do nosso Município.
Deste modo, à surpresa da decisão de encerramento da Unidade de Urgência do Hospital de Montijo, contrapomos o nosso mais veemente protesto, já que tal medida só pode resultar de um profundo desconhecimento e omissão de aspectos essenciais e relevantes, respeitantes às dinâmicas de desenvolvimento dos territórios e populações dos concelhos por ela abrangida.
Na realidade, o que agora se propõe traduz, na sua mais crua essência, o empenho deliberado do actual governo em destruir o já precário Serviço Nacional de Saúde, desferindo mais um forte ataque ao poder local e à qualidade de vida das populações.
Daqui derivam, de forma inegável, mais e maiores dificuldades à maioria dos portugueses no acesso aos cuidados básicos de saúde, resultante deste olhar puramente economicista sobre as decisões de planeamento territorial e dos seus recursos.
Deixa-se de lado toda uma análise fundamental e necessária à tomada de decisão, nomeadamente quem são os cidadãos e as cidadãs que de forma mais acentuada irão sofrer os efeitos desta politica, que territórios são abrangidos, as respectivas dinâmicas de crescimento …enfim …é uma proposta que não pensa nas pessoas, pois a verdade é que o encerramento de Serviços Públicos torna sempre mais difíceis as condições de vida das populações, encarecendo os serviços prestados e limitando o seu acesso.
A Câmara Municipal de Alcochete e pela acção dos seus eleitos opõe-se frontalmente a esta politica de desresponsabilização do Estado face às suas obrigações sociais consagradas na Constituição da República e que demonstra o erróneo de uma politica de saúde enviesada e que atenta gravemente contra direitos sociais adquiridos com o 25 de Abril.
Assim, e tendo em conta as notícias que admitem o encerramento do Serviço de Urgência do Hospital do Montijo a Câmara Municipal de Alcochete reunida em sessão pública no dia 15 de Novembro de 2006 delibera:
1. Opor-se ao encerramento dos serviços de urgência do Hospital Distrital de Montijo sem uma garantia de resposta permanente, eficaz e de qualidade.
2. Requerer ao senhor Ministro da Saúde um estudo de Avaliação de Impacte na Saúde das populações abrangidas por esta medida.
3. Manter, reforçar e optimizar o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Concelho de Alcochete.
4. Enviar esta Moção ao Senhor Ministro da Saúde, à Administração Regional de Saúde de Setúbal e aos Grupos Parlamentares com assento na Assembleia da República".
O Hospital Distrital do Montijo serve uma população estimada em mais de 60 mil pessoas residentes nos municípios de Alcochete, Montijo, Moita, Palmela e Vendas Novas e o anunciado encerramento dos serviços de urgência do Hospital
do Montijo acarretará elevados custos para as populações.
A Câmara Municipal de Alcochete aprovou, na reunião de quarta-feira, 15 de Novembro, por unanimidade, a seguinte moção de protesto:
“A Proposta da Rede de Serviços de Urgência, produzida com base no «Relatório da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação da Rede de Urgência Geral” e realizada a pedido do actual governo, aponta para o encerramento da unidade de urgência hospitalar do Hospital de Montijo.
Integrado na Rede Hospitalar Nacional, o Hospital de Montijo serve hoje uma população estimada em mais de 60 mil pessoas. Este Hospital tem por missão procurar dar resposta aos problemas dos concelhos de Alcochete, Montijo e também a residentes nos concelhos de Moita, Vendas Novas e Palmela, sendo atendidos no seu serviço de urgência cerda de 46.864 Utentes, o que corresponde a uma média diária de 130 utentes.
Além disso, em 2001 este hospital foi palco de um elevado investimento na ordem dos 1,5 milhões de Euros na remodelação e melhoramento do seu serviço de urgências, na procura de fornecer um serviço de melhor qualidade para as populações.
Concomitantemente, e numa análise prospectiva de crescimento demográfico e tendo por base o índice de crescimento previsto para o concelho de Alcochete e limítrofes, as estatísticas demográficas apontam para que nos próximos dez anos se assista a um significativo aumento da população no raio de intervenção do Hospital de Montijo.
A aparente proximidade do concelho de Alcochete, quer a Lisboa, quer ao Barreiro, pode, no entanto, ser desmistificada com os regulares movimentos pendulares de trânsito, que dão origem já hoje a grandes congestionamentos nas denominadas horas de ponta, que põem em causa o cenário traçado de 45 minutos até ao serviço de urgência mais próximo, isto tendo em conta os cenários referidos.
A esta questão junta - se o significativo tempo médio de espera no serviço de urgência do Barreiro, estimado em cerca de 1h30m, que acrescido ao tempo previsto de deslocação Alcochete/Barreiro, porá em causa a resposta atempada ao utente, podendo induzir, tragicamente, a perda de vidas humanas.
Esta decisão irá ainda sobrecarregar os já limitados meios da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcochete e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Assim, e neste contexto o Hospital de Montijo surge como uma resposta imprescindível na prestação de cuidados de saúde fundamentais às populações do nosso Município.
Deste modo, à surpresa da decisão de encerramento da Unidade de Urgência do Hospital de Montijo, contrapomos o nosso mais veemente protesto, já que tal medida só pode resultar de um profundo desconhecimento e omissão de aspectos essenciais e relevantes, respeitantes às dinâmicas de desenvolvimento dos territórios e populações dos concelhos por ela abrangida.
Na realidade, o que agora se propõe traduz, na sua mais crua essência, o empenho deliberado do actual governo em destruir o já precário Serviço Nacional de Saúde, desferindo mais um forte ataque ao poder local e à qualidade de vida das populações.
Daqui derivam, de forma inegável, mais e maiores dificuldades à maioria dos portugueses no acesso aos cuidados básicos de saúde, resultante deste olhar puramente economicista sobre as decisões de planeamento territorial e dos seus recursos.
Deixa-se de lado toda uma análise fundamental e necessária à tomada de decisão, nomeadamente quem são os cidadãos e as cidadãs que de forma mais acentuada irão sofrer os efeitos desta politica, que territórios são abrangidos, as respectivas dinâmicas de crescimento …enfim …é uma proposta que não pensa nas pessoas, pois a verdade é que o encerramento de Serviços Públicos torna sempre mais difíceis as condições de vida das populações, encarecendo os serviços prestados e limitando o seu acesso.
A Câmara Municipal de Alcochete e pela acção dos seus eleitos opõe-se frontalmente a esta politica de desresponsabilização do Estado face às suas obrigações sociais consagradas na Constituição da República e que demonstra o erróneo de uma politica de saúde enviesada e que atenta gravemente contra direitos sociais adquiridos com o 25 de Abril.
Assim, e tendo em conta as notícias que admitem o encerramento do Serviço de Urgência do Hospital do Montijo a Câmara Municipal de Alcochete reunida em sessão pública no dia 15 de Novembro de 2006 delibera:
1. Opor-se ao encerramento dos serviços de urgência do Hospital Distrital de Montijo sem uma garantia de resposta permanente, eficaz e de qualidade.
2. Requerer ao senhor Ministro da Saúde um estudo de Avaliação de Impacte na Saúde das populações abrangidas por esta medida.
3. Manter, reforçar e optimizar o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Concelho de Alcochete.
4. Enviar esta Moção ao Senhor Ministro da Saúde, à Administração Regional de Saúde de Setúbal e aos Grupos Parlamentares com assento na Assembleia da República".