Câmara aprova projeto de requalificação do miradouro Amália Rodrigues
Reunido ontem em sessão de câmara descentralizada na freguesia de São Francisco, o executivo municipal aprovou, por unanimidade, o projeto de execução de requalificação do miradouro Amália Rodrigues.
Objeto de uma candidatura a fundos europeus estruturais de investimento, no âmbito do Portugal 2020, o projeto de requalificação do miradouro Amália Rodrigues, dará continuidade à intervenção já realizada no Passeio do Tejo, referiu o presidente da câmara.
“É um privilégio para a câmara municipal trabalhar com professor Sidónio Pardal, autor também do projeto de requalificação do Passeio do Tejo, que sempre nos manifestou grande preocupação em que a intervenção não criasse uma rotura com a realidade existente e talvez por isso, o Passeio do Tejo foi absorvido de forma natural, porque as pessoas se reveem na obra”, disse Luís Miguel Franco.
“É esse pensamento que está presente ue está presente neste projeto de requalificação do miradouro Amália rodrigues, assim como no projeto relacionado com a 2.ª fase da componente terrestre respeitante ao Jardim do Rossio, em relação ao Parque Urbano do Alto dos Moinhos e é também é esta filosofia que o professor está a desenvolver para o projeto de execução do Pinhal das Areias e Sítio das Hortas”, acrescentou o autarca.
Quanto à promenade prevista no projeto inicial, e que não vai avnçar nesta fase, Luís Miguel Franco explicou que “não por ónus imputável à câmara municipal, mas porque não existiu possibilidade de negociar no mesmo formato com que negociámos com a APL, no que respeita ao Passeio do Tejo, decidimos aproveitar os fundos comunitários do Portugal 2020 e nesse sentido sugerimos ao professor que concebesse uma intervenção que permitisse no futuro a tal promenade”.
Para o professor Sidónio Pardal, responsável pelo projeto paisagístico, o miradouro Amália Rodrigues apresentou-se como um desafio e manifestou uma grande surpresa pelo desnível acentuado existente no local “que não permite a quem circula no passeio se deslumbre com a paisagem espantosa para o Tejo” e na apresentação do projeto ao executivo municipal explicou que vai ser criada “uma zona de estar que domina o campo panorâmico do rio e dá um sentido único diferenciador. “Sem as palmeiras o miradouro ficou um sítio vazio e era preciso dar-lhe um conteúdo, criar um relvado e dois mirantes, um de cada lado que vão criar um efeito interessante”, concluiu o professor Sidónio Pardal
A requalificação deste local privilegiado de visitação e lazer da vila de Alcochete permitirá uma vista panorâmica para o estuário do Tejo, integrará uma escadaria informal e uma plataforma relvada e visitável como estadia protegida do trânsito rodoviário, que ficam sobranceiras em relação ao plano de água do rio, além de dois mirantes sobrelevados e arborizados que vão ajudar à definição de uma singularidade do local.
A requalificação do miradouro Amália Rodrigues enquadra-se numa operação integrada na reabilitação do espaço público contempladas na Estratégia de Reabilitação da ARU do Núcleo Antigo de Alcochete e no PARU da vila de Alcochete, com uma área de intervenção com cerca de 5000 m2 englobando, além do miradouro, a avenida dos Combatentes da Grande Guerra, desde o seu início até à rua do Norte.
Com esta intervenção pretende a câmara municipal dar continuidade ao processo de regeneração urbana da frente ribeirinha de Alcochete, que integra o reperfilamento da via e a repavimentação dos arruamentos, privilegiando a área pedonal, com ensombramento assegurado pela plantação de árvores em caldeira nos passeios, reforçando a sua função de estar e de contemplação.